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sábado, 8 de setembro de 2012

Em bom português: glicémia ou glicemia?

Para Mimi Costa, “Este tipo de palavras terminadas em -emia é, na maioria das vezes, de origem grega. O étimo – aima – é grego, significa sangue e é componente destas e de outras palavras com terminação semelhante. (…)
Na língua de origem, aimía (aima +sufixo -ia) tem o acento tónico no i.
Ora, mandam as normas que, ao importar termos estrangeiros, a língua importadora seja fiel à etimologia, conservando a acentuação de origem.
Sendo assim, embora esteja cada mais generalizada a outra forma de pronunciar estas palavras, o correcto será ler e escrever: glicemia, leucemia, alcoolemia, acentuando o i. Como, aliás, acontece com anemia, que tem a mesma terminação e ninguém pronuncia “anémia”! In http://www.algodres.com/02/02.1.2.1.htm (acedido em 8/09/12)

Questão resolvida? De maneira nenhuma! O que é afirmado na extrato acima transcrito é válido a 100%... mas apenas para o Brasil!
Sendo verdade que a etimologia justificaria que palavras como glicemia fossem paroxítonas (graves), em Portugal a coexistência, nalguns casos, de duas pronúncias leva os dicionários e o Portal da Língua Portuguesa a validá-las.

CONCLUSÕES:
Em PORTUGAL, podemos escrever glicemia/glicémia, alcoolemia/alcoolémia e septicemia/septicémia. Mas leucemia e anemia só têm uma grafia.
No BRASIL, os dicionários consultados, a par da Academia Brasileira de Letras, são unânimes. Todas as palavras referidas são paroxítonas: glicemia, alcoolemia, septicemia, leucemia, anemia. Tudo muito mais simples!

Abraço.
AP

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