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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sampaio da Nóvoa quer reavaliar Acordo Ortográfico…


COMENTÁRIO: Independentemente da consistência dos argumentos apresentados, as pessoas (mais ou menos mediáticas) e as instituições que são e sempre foram contra o AO têm do seu lado a coerência.
Quanto a Sampaio da Nóvoa, considerando que, enquanto reitor da Universidade de Lisboa, ninguém o ouviu manifestar publicamente o seu desacordo, fazê-lo agora na condição de candidato a um cargo público parece uma atitude oportunista. Pode até não ser, mas lá que parece, parece…

JORNAL DE NOTÍCIAS:

Sampaio da Nóvoa, que ao final da tarde desta segunda-feira, no Teatro Rivoli, no Porto, apresenta a carta de princípios da sua candidatura à Presidência da República, considerou na última noite, em Amarante, num debate sobre Educação, que o Acordo Ortográfico "deve ser reavaliado com muita determinação".

Admitindo que se trata de "um problema complicado", por causa dos acordos internacionais, mas defende que o AO deve ser reavaliado com muita determinação. "Na qualidade de candidato presidencial digo que esta questão tem de ser recolocada em cima da mesa dos debates com enorme cuidado, esperando que se consiga fazer uma avaliação do que aconteceu até agora e consigamos repor em novos moldes algumas orientações sobre esta matéria. É um problema que, na minha condição de Presidente da República, espero ajudar a resolver. O que está a acontecer não é bom para nada, inclusive para o fortalecimento dos laços entre os povos", justificou, Nóvoa, já depois de lembrar que na qualidade de reitor e de professor é contra o AO.
Convidado pela concelhia do PS para falar sobre "Uma Educação para o desenvolvimento", a conversa, por vontade da plateia, estava sempre a resvalar para as presidenciais. Um dos presentes quis saber, por exemplo, o que é que o candidato pensa sobre as questões fraturantes, ao que o candidato atirou de pronto com aquilo que disse ser a sua "matriz: liberdade", com o Estado a garantir a salvaguarda dos "direitos e garantias". O candidato também afirmou que quer para Portugal "um presidente ativo na cena internacional". "A última vez em tal aconteceu foi com Timor, e por obrigação". Sobre o assunto em debate, a Educação, Nóvoa lembrou que "num certo sentido" com o que temos: a escola (edifício) do século XIX e professores do século XX, não conseguimos ensinar alunos do século XXI.


Abraço.
ProfAP

sábado, 16 de maio de 2015

O Novo Acordo Ortográfico mexe com a sua horta ou jardim?

A espécie mais hifenizada cá da horta: o espinafre-da-Nova-Zelândia!

Começando por responder à pergunta, podemos dizer que sim, mas pouco…
Os vocábulos compostos que designam espécies não são referidos nem no Formulário de 1943 (Brasil) nem no Acordo de 1945 (Portugal). No entanto, a prática seguida era hifenizar a maior parte destas palavras, aplicando uma regra geral (Base 28 do AO45) de redação bem complicada:
Emprega-se o hífen nos compostos em que entram, foneticamente distintos (…), dois ou mais substantivos, ligados ou não por preposição ou outro elemento, um substantivo e um adjectivo, um adjectivo e um substantivo, dois adjectivos ou um adjectivo e um substantivo com valor adjectivo, uma forma verbal e um substantivo, duas formas verbais, ou ainda outras combinações de palavras, e em que o conjunto dos elementos, mantida a noção da composição, forma um sentido único ou uma aderência de sentidos.
A Base 46, 1º, do FO43, bem mais simples, ia no mesmo sentido: “Nas palavras compostas em que os elementos, com a sua acentuação própria, não conservam, considerados isoladamente, a sua significação, mas o conjunto constitui uma unidade semântica”.

Quanto ao Novo Acordo Ortográfico, introduz, na Base XV, nº 3, uma regra nova sem qualquer exceção: “Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento”. Considerando os exemplos apresentados no texto, parece que todos os compostos nas áreas da botânica e da zoologia, designem ou não verdadeiras espécies e subespécies, são hifenizadas. Só assim se compreende a grafia feijão-verde (antes feijão verde).

CONCLUSÃO:
Usa-se sempre hífen em todas as palavras compostas que identificam plantas (ou animais).

Mas, embora a regra seja clara, os dicionários e o vocabulário do Portal da Língua Portuguesa continuam a não a aplicar de forma plena, ignorando espécies que fazem parte do nosso dia a dia ou apresentando-as de forma enviesada…
DESIGNAÇÕES
VOCABULÁRIO PORTAL DA LÍNGUA PORTUGUESA
DICIONÁRIO PRIBERAM
DICIONÁRIO
INFOPÉDIA
maçã-reineta
Está na entrada “reineta”…
Está na entrada “reineta”…
Está na entrada “reineta”…
pera-rocha
NÃO TEM
A entrada “rocha” não remete para a conhecida espécie…
NÃO TEM
A entrada “rocha” não remete para a conhecida espécie…
NÃO TEM
A entrada “rocha” não remete para a conhecida espécie…
pêssego-careca
NÃO TEM
Só regista pêssego…
SIM
Estranhamente também regista “pêssego careca” (sem hífen…)
SIM
 
pimenta-branca
NÃO TEM
Mas regista pimenta-preta
 
NÃO TEM
Regista apenas pimenta d’água, que não é uma espécie de pimenta…
NÃO TEM
Mas regista pimenta-preta
Nota: Faz tanto sentido, apresentar maçã-reineta na entrada “reineta”, como faria colocar peixe-espada na entrada “espada”…
O mesmo procedimento é seguido com a espécie pera-lambe-lhe-os-dedos (que já foi abundante na zona de Sintra e do Oeste e hoje está quase extinta), que é apresentada na entrada lambe-lhe-os-dedos nas fontes de consulta portuguesas. Consultando o Vocabulário da Academia Brasileira de Letras (que também regista pimenta-branca e maçã-reineta), lá está o verbete como deve ser: pera-lambe-lhe-os-dedos. Encontrei a mesma grafia no Dicionário de Língua Portuguesa, de Cândido de Figueiredo, de…1913!

Conselho final: para pesquisar designações de espécies botânicas (e zoológicas), não perca tempo e vá diretamente ao instrumento de consulta mais completo e fiável e entre no Vocabulário da Academia Brasileira de Letras (em http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23).

Abraço!
ProfAP

Novo Acordo Ortográfico altera mais o português do Brasil?

Fonte: http://www.revistaport.com
“O português de Portugal vai deixar de usar o que chamamos de consoantes mudas. Porém, acho que as duas mudanças mais significativas para o português brasileiro representam perda maior, porque são ligadas à maneira com que os brasileiros pronunciam as palavras. É diferente do caso das consoantes mudas que não são pronunciadas”, afirmou Fiorin à Lusa.
O doutor em linguística referiu-se ao fim do uso do trema, que indicava quando a letra u deveria ser pronunciada após as letras q e g, e a queda do acento da base aberta dos ditongos ei e oi em palavras paroxítonas, como em ideia (que, sem o novo acordo, no Brasil seria grafada como idéia).
Fiorin realçou, no entanto, que as análises sobre o acordo não devem ser centradas em quem ganha mais ou quem perde mais, mas sim nos benefícios da unificação.
“Unificar a ortografia significa mostrar a radical vontade de exibir para o mundo a unidade que deve existir entre os países lusófonos. Qualquer consideração entre quem ganha e quem perde está fora de contexto”, disse.
Segundo o professor, o acordo já “está completamente implantado no Brasil” porque os jornais, revistas e livros já utilizam a nova ortografia e “não havia nenhuma necessidade” de se prorrogar o início da obrigatoriedade de 2013, como antes era previsto, para 2016, quando irá começar oficialmente.
As principais diferenças da antiga ortografia para a do novo acordo destacadas por brasileiros ouvidos pela Lusa são a mudança no uso do hífen e nas acentuações dos ditongos.
O Acordo Ortográfico foi ratificado pela maioria dos países lusófonos, à exceção de Angola e Moçambique. Em Angola ainda nem foi aprovado pelo Governo e em Moçambique aguarda a ratificação pelo parlamento.
Portugal e Brasil estabeleceram moratórias para a aplicação do acordo, estando prevista a entrada em vigor efetiva a 13 de maio e a 1 de janeiro próximos, respetivamente.
 
Angola ainda não deu “sim”
Em setembro passado, questionado pela Lusa, o ministro da Educação angolano, Pinda Simão, garantia que o país “está a trabalhar” sobre o novo acordo ortográfico da língua portuguesa e que no “devido momento” será tomada uma decisão, desconhecendo-se qualquer desenvolvimento neste processo desde então.
O português é a língua oficial em Angola, mas o país conta com seis principais línguas nacionais, muitas das quais acabaram por incorporar alguns conceitos e palavras, face à longa presença colonial portuguesa.
Num recente congresso sobre a língua portuguesa, realizado em Luanda, a ministra da Cultura de Angola, Rosa Cruz e Silva, afirmou que as línguas nacionais angolanas “com que convive” há quinhentos anos deram ao português a “pujança atual”.
“A língua portuguesa em Angola fez uma trajetória de afirmação do património partilhado, na medida em que desde esses primórdios até ao período mais crítico da sua história os angolanos transformaram-na na principal arma da sua luta contra o sistema opressor. E, por essa via, tornaram-na mais adequada aos contextos culturais do país. Se quisermos, tornaram-na [a língua portuguesa] mais bela”, reconheceu a ministra.
Apesar disso, Rosa Cruz e Silva afirma que devem ser colocadas “ao mesmo nível” as línguas nacionais e a língua oficial, tendo em conta que a “diversidade linguista do país constitui a sua grande riqueza”.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Novo Acordo Ortográfico obrigatório em Portugal a partir de hoje!


"O Novo Acordo Ortográfico passa a ter aplicação obrigatória em Portugal, com o termo, neste dia, do período de transição de seis anos, durante o qual a nova ortografia coexistiu com a anterior norma (a da Convenção Ortográfica Luso-Brasileira, de 1945), conforme determinava a proposta de resolução apresentada pelo Governo de Portugal em 2008. Esta proposta de resolução foi votada favoravelmente na Assembleia da República (Resolução 35/2008) e ratificada pelo Presidente da República ainda no mesmo ano (Decreto 52/2008). Mais tarde, o Aviso n.º 255/2010 do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, identificaria a data de 13 de maio de 2009 como a da entrada em vigor da nova ortografia em Portugal e do começo do período de transição de seis anos que agora finda." In Ciberdúvidas.
 
SITUAÇÃO ATUAL:
PORTUGAL
Está em vigor o AO90.
BRASIL
Estão em vigor o FO43 e AO90. O período de transição terminará em 31/12/2015.
ANGOLA
Está em vigor o AO45.
O AO90 ainda nem foi aprovado pelo governo.
MOÇAMBIQUE
Está em vigor o AO45.
O AO90 aguarda ratificação pelo parlamento.
GUINÉ-BISSAU
S. TOMÉ E PRÍNCIPE
CABO VERDE
TIMOR-LESTE
Está em vigor o AO45.
O AO90 foi ratificado, mas a sua aplicação ainda aconteceu e as populações, incluindo os professores, desconhecem as novas regras.
O AO90 levará tempo a ser aplicado em todo o mundo lusófono. Provavelmente, muito mais do que se pensava, considerando a posição de Angola, que exige alterações no documento para o vir a aprovar.
O Novo Acordo Ortográfico é um bom documento para a língua portuguesa? As opiniões extremaram-se:
a)    Para uns, consegue-se uma efetiva simplificação das regras e uma única norma para a língua portuguesa;
b)    Para outros, é uma inqualificável ofensa à coesão da língua e à sua etimologia.
Na minha opinião, documento não é tão bom como apregoam os seus defensores nem tão mau como o pintam os seus oponentes.
PONTOS POSITIVOS:
.Pôs a língua portuguesa na ordem do dia. Nunca se falou tanto de regras, acentos, hífenes e de maiúsculas e minúsculas.
.Conseguiu-se uma simplificação e sistematização do uso do hífen, apesar de terem sido mantidas exceções que deveriam ter sido eliminadas.
.Disponibilizaram-se excelentes fontes de consulta online: em Portugal, o Portal da Língua Portuguesa com o Vocabulário Ortográfico do Português ; no Brasil, a Academia Brasileira de Letras com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
 
PONTOS NEGATIVOS:
.O objetivo de conseguir uma única norma para regulamentar a língua portuguesa parece utópico, dadas as enormes diferenças que continuam a existir entre Portugal e Brasil. Nem as duplas grafias resolvem o problema (cerca de 200 em Portugal e o triplo no Brasil).
.Pequenos desencontros entre Portugal e Brasil na aplicação das novas regras, com leituras abusivas dos dois lados. O prefixo “co” e a hifenização das locuções são exemplos disso:
- No Brasil, passou a escrever-se COERDEIRO (algo que o AO90 não permite), enquanto em Portugal se escreve CO-HERDEIRO. Antes, havia uma única grafia para os dois países: CO-HERDEIRO.
- Portugal criou duplas grafias à revelia do que determina AO90. Assim, temos em Portugal COR-DE-ROSA/COR DE ROSA, ARCO-DA-VELHA/ARCO DA VELHA, ÁGUA-DE-COLÓNIA/ÁGUA DE COLÓNIA e PÉ-DE-MEIA/PÉ DE MEIA, enquanto no Brasil há uma única grafia para cada uma destas palavras: COR-DE-ROSA, ARCO-DA-VELHA, ÁGUA-DE-COLÓNIA e PÉ-DE-MEIA.
.A forma pouco clara e por vezes descuidada como o documento foi redigido. Um exemplo gritante foi o erro cometido no tratamento do prefixo “sub”.
NOTAS FINAIS:
1. A “traição” à etimologia com a supressão das consoantes não pronunciadas “c” e “p”, sendo verdadeira, vem na linha do que já tinha sido feito no Formulário Ortográfico de 1911 e que o Brasil aprofundou em 1943. Dizem alguns que o desaparecimento do “c” poderá levar ao fechamento da pronúncia de algumas vogais. Só o futuro o dirá...
2. A eliminação dos acentos desambiguadores também se limita a aprofundar a lista de "defuntos" do  AO45: côr/cor, êste/este, colhêr/colher, êle/ele, bôla/bola, etc. Se alguma crítica se pode fazer a esta regra, é terem sido mantidas algumas as exceções. Depois de ter sido eliminado a acento na forma verbal para, porquê mantê-lo em pôr e pôde (pretérito perfeito)?
3. O uso de minúscula nos meses e nas estações do ano (como já acontecia com os dias da semana) já era prática na generalidade das línguas latinas.
Abraço e boa escrita com o FO43, AO45 ou o AO90!
ProfAP
 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Estado da Guiné-Bissau deu 'sim' ao Acordo Ortográfico, a população desconhece-o…


Segundo os docentes da língua portuguesa na Escola Normal Superior Tchico-Té (Escola de Formação de Professores), o Acordo Ortográfico "é um mistério" na Guiné-Bissau pela forma como terá sido ratificado em 2011 "sem o conhecimento de quase ninguém".
O coordenador da licenciatura do português no Tchico-Té, Domingos Gomes, disse ter sido com "espanto" que os participantes de um seminário tomaram conhecimento em fevereiro deste ano da ratificação do Acordo Ortográfico em 2011 "e que faltava apenas a sua implementação".
"Para nós, é um assunto complicado e estranho essa assinatura, tendo em conta que nunca foi divulgado", observou o professor Gomes.
Como o documento já foi publicado no Boletim Oficial (Diário da República), o professor Miguel Soares da Gama admite que os seus alunos escrevam com base no Acordo Ortográfico.
"Não vejo mal nisso, aceito as duas variantes da escrita do português", afirmou Soares da Gama, linguista e diretor do Tchico-Té.
A mesma posição é também defendida pelos professores Júlio Silva, Pinto Chico Nanque e Emília Silva, leitora do português colocada no Tchico-Té pelo Camões -- Instituto da Cooperação e da Língua.
Os três docentes não têm objeções quanto ao uso do Acordo Ortográfico mas, dizem, até à sua "plena implementação" a Guiné-Bissau "terá que percorrer um longo caminho e gastar algum dinheiro".
"Assinar o Acordo Ortográfico e implementá-lo vai se traduzir em várias situações complicadas, sobretudo no que diz respeito ao financiamento porque vai se colocar o problema da formação de professores, jornalistas e de funcionários em vários serviços públicos", notou o professor Domingos Gomes.
O Acordo Ortográfico foi ratificado pela maioria dos países lusófonos, à exceção de Angola e Moçambique. Em Angola ainda nem foi aprovado pelo Governo e em Moçambique aguarda a ratificação pelo parlamento.
Portugal e Brasil estabeleceram moratórias para a aplicação do acordo, estando prevista a entrada em vigor efetiva a 13 de maio e a 01 de janeiro próximos, respetivamente.

Obervação: S. Tomé e Príncipe foi o terceiro país (antes de Portugal) a ratificar o Acordo Ortográfico. No entanto, quando lá estive, como voluntário da Gulbenkian, numa formação de professores em 2014, verifiquei que, como acontece na Guiné-Bissau, os docentes desconhecem o documento…

Abraço.
ProfAP

domingo, 3 de maio de 2015

Como escrever: super-mãe OU supermãe?

 


Acaba de ver a luz do dia o livro com o título "A minha mãe é... super-mãe". A pergunta com que abro o artigo neste dia da mãe é precisamente se há mães que são "super-mães" ou "supermães"...
Uma viagem ao interior do Formulário de 1943 (Brasil) e às regras do Acordo de 1945 (Portugal) dá-nos informações específicas sobre este prefixo. Lá está, preto no branco, que nos compostos formados com os prefixos hiper, inter e super, só há hífen quando o segundo elemento começa por h ou r.
Assim, fica claro que só há uma grafia correta: supermãe.
Como no o AO90 a regra geral de hifenização determina que apenas há hífen quando o segundo começa por h ou letra igual àquela com que termina o prefixo, as supermães de há 70 anos continuam a ser… supermães!

CONCLUSÃO:
1943 (Brasil) e 1945 (Portugal)
AO 90 (Portugal e Brasil)
SUPERMÃE
SUPERMÃE

Abraço para todos, sobretudo para as mães e supermães.
AP
Imagem encontrada AQUI.