Deixaram-me há pouco esta dúvida na caixa de comentários.
A
resposta é açoriano. A justificação
está na Base V (vogais átonas) do texto do Acordo Ortográfico, c):
“Escrevem-se com i, e não com e, antes
da sílaba tónica/tônica, os adjetivos e substantivos derivados em que entram os
sufixos mistos de formação vernácula -iano e -iense, os quais são o resultado
da combinação dos sufixos -ano e -ense com um i de origem analógica (baseado em
palavras onde -ano e -ense estão precedidos de i pertencente ao tema:
horaciano, italiano, duriense, flaviense, etc.): açoriano,
acriano (de Acre), camoniano, goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense
(de Sines), sofocliano, torriano, torriense [de Torre(s)].”
Dito de uma forma mais simples, as terminações –iano e –iense (com pronúncias muito variadas) são sempre com i.
Observações:
1. Não há referências
às regras a aplicar a estas terminações na Reforma de 1911 adotada em Portugal e
estendida ao Brasil cerca de 20 anos depois.
2. No Formulário de
1943 (Brasil) preveem-se casos de dupla grafia com e e i (por exemplo, cardeal/cardial), mas nada se diz sobre as terminações –iano e –iense.
3. Na Norma de 1945
(Portugal) também são aceite grafias duplas com e ou i (como ameaça/amiaça), mas açoriano já só se escrevia com i como atualmente.
Abraço para todos, em especial para a internauta que enviou a
pergunta.
AP
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