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sábado, 22 de dezembro de 2012

.pára-quedas, para-quedas ou paraquedas?

       Fonte da imagem: AQUI.

Mais um caso espantoso! Aqui, o imbróglio resulta da aplicação “à la carte” do Novo Acordo Ortográfico.

A. O que diz o texto do Novo Acordo
Base XV, Obs.: “Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.
“Então, o caso está encerrado: paraquedas!” – Dirá, sem pestanejar, o meu caro leitor…
Calma, calma… O que acaba de ler não é o fim da viagem. É apenas o ponto de partida...

B. O que regista a Academia Brasileira de Letras
paraquedas
“Então o caso não está encerrado, Sr. AP?” – Insistirá o leitor amigo.
Como disse há pouco, a nossa viagem não é assim tão linear…

C. O que diz o Portal da Língua Portuguesa (Portugal)
paraquedas… e… para-quedas!
Perante o espanto do leitor, devo recordar que avisei duas vezes…

D. O que dizem os dicionários
Portugal
Infopédia: paraquedas… e… para-quedas / Priberam: paraquedas
Brasil
Aulete e Houaiss: paraquedas
O leitor continua mudo…

Comentário:
O Novo Acordo Ortográfico tem (tinha? teve?), entre outras, duas finalidades: simplificar e unificar. No caso de hoje, sendo as palavras paraquedas e paraquedista apresentadas no texto do NAO como exemplos de compostos a grafar aglutinadamente, houve umas “cabecinhas pensadoras” que resolveram complicar em Portugal o que parecia claro. Numa resposta como consultor do Ciberdúvidas, D´Silvas Filho (que muito aprecio), em 19/03/2010 (AQUI), embora entenda que, por analogia com outros compostos com para- (ex.: para-brisas, para-raios), se possam propor como grafias alternativas para-quedas, para-quedista e para-quedismo, diz, em relação à decisão do Portal da Língua Portuguesa de incluir estas formas hifenizadas: “penso que deveria ter sugerido estas soluções unicamente como «alternativas não preferenciais», não como variantes ortográficas.

Partamos agora para as conclusões que é possível apresentar a partir deste admirável mundo de perspetivas não coincidentes…

CONCLUSÕES:
Portugal (norma luso-afro-asiática)
 
paraquedas (no respeito estrito pelo texto AO) e para-quedas (porque o Portal da Língua Portuguesa apresenta a palavra como variante)
Brasil (norma brasileira)
 
apenas  paraquedas
Nota: Sempre sem acento, pois a generalidade dos acentos desambiguadores caiu com o NAO.

Abraço e bom resto de sábado!
AP

2 comentários:

  1. Anda todo Portugal é com tendência "para quedas"... e levam-nos a reboque, precipício abaixo... sem pára-quedas!
    Boas Festas, apesar de tudo, Caro António! :)

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