Para as televisões portuguesas, a grafia certa é frente-a-frente...
O Novo Acordo quis simplificar e sistematizar as
regras do uso do hífen. Considerando as inconsistências (como o tratamento do
prefixo sub-), complicações desnecessárias (como no caso dos pontos cardeais) e
exceções que em nada simplificam (como em cor-de-rosa, embora seja um quiproquó
que vem do AO45), o objetivo não foi cabalmente atingido.
O caso de hoje é uma locução, domínio onde mais
alterações foram introduzidas pelo AO 90.
Segundo a Base XV, nº 6, “Nas locuções de qualquer
tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas
ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já
consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colónia,
arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito,
pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa).”
Bastava eliminar as exceções para termos uma regra
efetivamente simples e fácil de aplicar. Um problema que advém destas mesmas
exceções é quando se diz “como é o caso de”. Ou seja, aqueles infelizes sete casos
são exemplos. Então há mais exceções? Quais? Aparentemente ninguém sabe
responder…
Embora o princípio não esteja enunciado no texto
do AO, a linguista Margarita Correia entende que nunca há hífen nas locuções do
tipo nome+preposição+nome.
Assim sendo, as televisões deveriam escrever
frente na frente, uma vez que adotaram o AO90.
CONCLUSÃO:
PORTUGAL e BRASIL
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frente a frente
Nota: A grafia anterior ao AO90 era frente-a-frente.
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DICA: Em caso de dúvida, não use hífen nas locuções.
Abraço.
ProfAP
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