A resposta ao desafio de hoje é
simples e alargada a todos os países lusófonos: cor
de vinho!
No entanto, na história da hifenização
da palavra, as fontes não coincidem:
1. Para o Ciberdúvidas, escrevíamos com
hífenes até à data da entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico.
2. Os dicionários da Porto Editora
consideram que já não havia hífenes na palavra. O dicionário da Academia das Ciências (de 2001) segue o
mesmo caminho.
3. Dando um saltinho ao texto do Acordo
de 45, Base 28, temos:
“Convém observar, a propósito, que as locuções onomásticas (…) dispensam,
sejam de que espécie forem, o uso do hífen (…):
a) locuções substantivas: alma de cântaro, cabeça de motim, cão de
guarda, criado de quarto, moço de recados, sala de visitas;
b) locuções adjectivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho (casos
diferentes de cor-de-rosa, que não é locução, mas verdadeiro composto, por se
ter tornado unidade semântica);”
Ou seja, o texto de 1945 apresenta
a locução sem hífenes!
4. A única hipótese de o Portal ter
razão é haver alguma alteração à palavra consagrada no Vocabulário
Ortográfico Resumido da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de
Lisboa (1947), que fixa a ortografia aprovada pelo acordo ortográfico de 1945.
Não tenho este vocabulário. Se algum
dos leitores que por aqui passar tiver acesso à obra, peço-lhe o favor de
confirmar a grafia cor de vinho e fazer um comentário nesta mensagem ou enviar-me um email (professor.ap@gmail.com).
CONCLUSÃO:
Portugal
(norma luso-afro-asiática) e Brasil (norma brasileira)
cor de vinho
Notas:
A única
locução do paradigma “cor de” que tem hífen atualmente é cor-de-rosa.
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Abraço.
AP
P.s.Nova mensagem no http://portuguesemforma.blogspot.pt:
bordeaux ou bordô?
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