COMENTÁRIO: Independentemente da consistência dos argumentos apresentados, as pessoas
(mais ou menos mediáticas) e as instituições que são e sempre foram contra o AO
têm do seu lado a coerência.
Quanto a Sampaio da Nóvoa, considerando
que, enquanto reitor da Universidade de Lisboa, ninguém o ouviu manifestar
publicamente o seu desacordo, fazê-lo agora na condição de candidato a um cargo
público parece uma atitude oportunista. Pode até não ser, mas lá que parece,
parece…
JORNAL DE NOTÍCIAS:
Sampaio da Nóvoa, que ao
final da tarde desta segunda-feira, no Teatro Rivoli, no Porto, apresenta a
carta de princípios da sua candidatura à Presidência da República, considerou
na última noite, em Amarante, num debate sobre Educação, que o Acordo
Ortográfico "deve ser reavaliado com muita determinação".
Admitindo que se trata de "um problema
complicado", por causa dos acordos internacionais, mas defende que o AO
deve ser reavaliado com muita determinação. "Na qualidade de candidato
presidencial digo que esta questão tem de ser recolocada em cima da mesa dos
debates com enorme cuidado, esperando que se consiga fazer uma avaliação do que
aconteceu até agora e consigamos repor em novos moldes algumas orientações
sobre esta matéria. É um problema que, na minha condição de Presidente da
República, espero ajudar a resolver. O que está a acontecer não é bom para
nada, inclusive para o fortalecimento dos laços entre os povos",
justificou, Nóvoa, já depois de lembrar que na qualidade de reitor e de
professor é contra o AO.
Convidado pela concelhia do PS para falar sobre
"Uma Educação para o desenvolvimento", a conversa, por vontade da
plateia, estava sempre a resvalar para as presidenciais. Um dos presentes quis
saber, por exemplo, o que é que o candidato pensa sobre as questões
fraturantes, ao que o candidato atirou de pronto com aquilo que disse ser a sua
"matriz: liberdade", com o Estado a garantir a salvaguarda dos
"direitos e garantias". O candidato também afirmou que quer para
Portugal "um presidente ativo na cena internacional". "A última vez
em tal aconteceu foi com Timor, e por obrigação". Sobre o assunto em
debate, a Educação, Nóvoa lembrou que "num certo sentido" com o que
temos: a escola (edifício) do século XIX e professores do século XX, não
conseguimos ensinar alunos do século XXI.
Data: 25.05.2015
Abraço.
ProfAP