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quinta-feira, 29 de março de 2012

Acordo: (re)introdução do k, w e y no alfabeto

Como determina a Base I do Novo Acordo Ortográfico, são introduzidas no alfabeto as letras k, w e y.
Com mais rigor, deveríamos dizer “reintroduzidas”, uma vez que elas estiveram no alfabeto até 1911, data em que foram banidas. Repare na transcrição da Base I do Reforma Ortográfica de 1911:
“São proscritas de todas as palavras portuguesas, ou aportuguesadas, as letras k, w, y, as quais serão respectivamente substituídas pelas seguintes: k por qu antes de e, i; por c em qualquer outra situação; w por u, ou por v, conforme fôr a sua pronúncia; y por i. Escreveremos, pois, caleidoscópio, quermes, Venceslau, valsa, tipo, lira, fisiologia, etc.
Excepções: 1.ª Poderão usar-se essas letras em vocábulos derivados de nomes próprios estrangeiros, em que sejam legítimamente empregadas; ex.: kantismo, darwinismo, byroniano (Kant, Darwin, Byron), os quais, porêm, será lícito escrever, em harmonia com a pronuncição, cantismo, daruinismo, baironiano. Confrontem-se Copérnico, de Kopernik, Antuérpia, de Antwerp, (h)iate, de yacht.
2.ª Continuam em uso os símbolos W, para denotar o Oeste, e K como abreviatura de unidade métrica, e tambêm na forma international kilo***, que todavia se poderá escrever quilo***; tanto mais, que o k é um grosseiro êrro nesta palavra, pois o correspondente termo grego se escreve com χ, e não κ.”
Abraço a todos.
ProfAP

quarta-feira, 28 de março de 2012

Acordo: Artigo-esclarecimento de Francisco José Viegas

Valorizar o Acordo Ortográfico * (Francisco José Viegas**)

 Um artigo-esclarecimento do secretário de Estado da Cultura português, depois das suas declarações à TVI 24, admitindo «melhorias pontuais» ao Acordo Ortográfico. Publicado no semanário Expresso de 3/03/2012.

É bom quando isto acontece: o país discute a sua Língua. Estamos pouco habituados a fazê-lo. Mesmo quando se trata apenas da ortografia, o debate revela que os portugueses estão disponíveis para que um tema desta natureza marque a “agenda política corrente”.
Decorridos vinte anos de negociações políticas e académicas, algumas declarações trouxeram para o espaço público um debate de âmbito plurinacional em torno da língua portuguesa. O trabalho científico, inicialmente liderado pela Academia Brasileira de Letras e pela Academia de Ciências de Lisboa, rapidamente se estendeu a toda a sociedade, para lá da esfera estritamente académico-filológica, prolongando o debate do qual resulta, afinal, o AO. Essa é, aliás, a grande virtude do AO: resulta da vontade de diferentes países coincidirem na elaboração de uma ortografia comum aos falantes de diversas proveniências geográficas. Por isso se chama Acordo.
É sobre este aspeto que convém sublinhar a importância de reunir e integrar diferentes contributos que visem a melhoria das bases que sustentam o AO. Esse trabalho compete aos estudiosos e investigadores e não, em circunstância alguma, ao poder político.
Tal não significa, porém, que o AO esteja em causa, tal como não está a vontade expressa de aproximação dos Estados envolvidos. Nem faria sentido, neste momento e depois dos avultados investimentos que os sectores público e privado realizaram nas nossas escolas, voltar atrás nas decisões essenciais sobre o AO. De resto, a resolução do Conselho de Ministros de janeiro de 2010 resulta de um diálogo entre diversos países e instituições académicas e o AO está em vigor desde janeiro de 2012 em todos os organismos sob tutela do Estado. O poder político não porá em causa esse esforço que visa a afirmação de uma identidade ortográfica comum entre os países unidos pela língua portuguesa.O debate atual mostra-nos, no entanto, que não existe unanimidade sobre a matéria. Nunca existirá. Mas é possível aproximarmo-nos desse ponto.
Não se trata, ao contrário do que supõem algumas vozes pouco familiarizadas com o debate (ou que fazem dele motivo de escândalo), de pôr em causa o AO; trata-se, isso sim, de incorporar sugestões e melhorias ao corpo dessa reforma negociada entre os vários países subscritores. As minhas declarações sobre o assunto (e sou insuspeito, como autor da primeira coluna diária da imprensa portuguesa conforme às regras do AO) vieram nesse sentido. É claro que eventuais alterações muito pontuais não podem ser definidas unilateralmente, mas no contexto multinacional de que o AO resulta. Seria absurdo que não se conseguisse esse consenso quando se trata do nosso idioma, um bem inestimável que identifica milhões de falantes e que pode abrir as portas a um maior entendimento entre eles.
O debate político frequentemente resvala, entre nós, para um modelo inquisitorial; é uma pena. Mesmo os que declararam a possibilidade de introduzir “alterações pontuais” ao AO imediatamente ergueram a sua voz para clamar contra a introdução dessas mesmas alterações. É isto que não se compreende.

* Artigo publicado no semanário Expresso do dia 3 de março de 2012 :: 07/03/2012

** Jornalista, escritor, secretário de Estado da Cultura do IX Governo Constitucional português.
In www.ciberduvidas.pt

domingo, 25 de março de 2012

35 anos é muito tempo...

Este mês de março de 2012 é um marco na minha vida profissional.
Passaram 35 anos desde a primeira vez que entrei numa sala de aula como professor. Milhares de alunos no ensino público (mas também no privado e até na Base Aérea nº 2 na OTA); entre a formação inicial e contínua, interagi com prazer com muitas centenas de professores.
Os últimos anos marcarão para sempre a minha memória: instabilidade, desrespeito pelo trabalho de quem está no terreno, teias burocráticas estúpidas e inconsequentes, esquemas kafkianos de avaliação (?) do desempenho. Tudo condensado numa tristeza persistente e num desencanto que foi ficando, ficando…
E se o meu desejo era que estes últimos sete anos fossem apenas um parênteses, afinal irão ser o ponto final… parágrafo!
Não baixei os braços, muito pelo contrário! Vou erguê-los bem alto e voar, riscando o azul de outros céus ;)
Bom resto de domingo para todos!
ProfAP

P.s.: Para que não fique a ideia de que há ressentimentos em relação à avaliação do desempenho, gostaria de acrescentar que, ao contrário de outros, não tenho qualquer razão de queixa, pois fui avaliado com generosidade em ambos os biénios. Mas que a ADD é um monstro (tosquiado e maquilhado pela nova tutela) sem validade nem fiabilidade, lá isso é!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Receita 10: Omeleta de esparguete com grelos

Sem ideias para o almoço de ontem, abri o frigorífico e percorri as prateleiras para uma avaliação rápida do potencial dos restos do dia anterior: esparguete cozido e grelos de nabo cozidos. Hum... Interessante! - pensei. Acendeu-se uma luz e aqui fica o resultado: uma refeição completa muito saborosa.
Omeleta de esparguete com grelos

Ingredientes para 2 ou 3 pessoas:
.esparguete cozido (uma mão cheia)
.grelos cozidos (uma mão cheia). Pode usar também brócolos, couve-flor ou outros legumes cozidos.
.3 ovos (batidos com sal e pimenta preta moída no momento)
.azeite (5 a 6 colheres de sopa)

Preparação:
1. Ponha o esparguete (cortado no sentido do comprimento em pedaços com cerca de 2 cm) e os grelos (também cortados) numa frigideira antiaderente com o azeite e deixe apurar em lume médio durante 4 a 5 minutos.
2. Junte os ovos batidos e deixe cozinhar. Quando tiver a consistência da omeleta, vire.
3. Sirva de imediato.

Sugestão:
Bebida: um sumo de laranja natural.                                                                       
Sobremesa: uma rodela de abacaxi bem maduro borrifada com moscatel de Setúbal.

Bom início de primavera para todos!
E já que a primavera chegou, clique AQUI, entre no meu blogue dedicado à literatura portuguesa e aprecie o “Quando vier a primavera” (Fernando Pessoa).

ProfAP

domingo, 18 de março de 2012

Receita 9: Pseudocompota de maçã-reineta


Um dos atrativos da culinária é a possibilidade de (re)criar pratos. Por vezes, no entanto, as coisas não correm bem…
A tentativa falhada de criar uma nova compota conduziu a esta sobremesa que, não sendo propriamente original, é saudável e muito saborosa.

 Pseudocompota de maçã-reineta

 Ingredientes para 4 a 5 pessoas:
.3 maçãs grandes
.sumo de 1 laranja grande (ou 2 pequenas)
.açúcar amarelo (40% do peso das maçãs descascadas e descaroçadas)
.1 pau de canela

 Preparação:
1. Pese as maçãs (depois de arranjadas) e rale-as.
2. Num tacho, ponha as maçãs raladas, o sumo de laranja, o açúcar e a canela.
3. Depois de começar a ferver, vá mexendo durante 20 minutos, juntando um pouco de água se necessário.
4. Deixe arrefecer antes de servir.

Sugestão:
Pode servir com uma bola de gelado de nata ou duas colheres de sopa de iogurte natural adoçado com mel.

Bom resto de domingo (infelizmente, com pouca ou nenhuma chuva...)
ProfAP

sexta-feira, 16 de março de 2012

Receita 8: Omeleta de nabo com espargos


Num momento em que saiu mais um estudo a comprovar os malefícios do consumo de carnes vermelhas, mesmo em doses moderadas (leia AQUI), deixo-vos uma receita completa e muito saborosa, com um ingrediente improvável, e sem carne!

Omeleta de nabo e espargos
Ingredientes para 2 ou 3 pessoas:
.4 ovos
.1 nabo tenro e muito fresco de tamanho médio
.espargos (3 se forem dos grandes, 15, sendo selvagens)
.azeite, sal, pimenta preta
.leite

Preparação:
1. Depois de descascado, parta o nabo em quartos e corte-os em lamelas finas.
2. Leve o azeite (5 colheres de sopa) a aquecer numa frigideira antiaderente e junte o nabo.
3. Quando estiver translúcido, junte os espargos picados finamente e deixe apurar durante 2 minutos.
4. Junte os ovos (batidos com uma pitada de sal, pimenta preta moída no momento e 4 colheres de sopa de leite).
5. Quanto a omeleta estiver firme (sem queimar), vire-a com cuidado e acabe de a cozinhar durante mais 3 a 4 minutos.
6. Retire-a e ponha-a sobre papel absorvente, retirando assim parte da gordura.

Sugestões para acompanhar este prato:
1. Uma salada de rúcula (ou agrião) temperada com flor de sal, vinagre balsâmico e azeite extravirgem.
2. Sumo de laranja (natural).
Como sempre, bon appétit! E bom fim de semana, com muita chuva...
ProfAP

segunda-feira, 12 de março de 2012

Acordo: Datas históricas com maiúscula ou minúscula?

Uma pergunta que já me foi feita várias vezes é se devemos usar maiúscula nas datas históricas. Num livro de ficção que ando a ler que segue o AO, encontrei uma dessas datas com minúscula. O texto do Acordo não é taxativo sobre a questão. Cruzando dois artigos, inclino-me para o uso de maiúscula.

1. A base XIX, no ponto 1, parece remeter para a minúscula.
“A letra minúscula inicial é usada:
(…)
b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera. (…)”

2. No entanto, a mesma base, no ponto 2, diz:
“A letra maiúscula inicial é usada:
(…)
e) Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos. (…)”

Considerando que datas históricas são comemorações, parece-me que poderemos incluí-las na categoria “festas e festividades”.
Assim sendo, diria que as datas históricas deverão escrever-se com maiúsculas: 25 de Abril, 1º de Maio, 1º de Dezembro, etc.

Nota: O mesmo princípio é aplicável aos dias da semana: Sexta-Feira Santa, Quinta-Feira da Ascensão, Domingo Gordo, etc.
Com votos de uma boa semana para todos,
ProfAP

P.s. Veja, na mensagem anterior, a forma com devemos abreviar os meses.

Acordo - Abreviaturas dos meses

De acordo com uma resposta dada pelo Ciberdúvidas a um consulente, em 7-10-11, deve ser seguida a norma que passo a transcrever nas abreviaturas dos meses do ano. Ao contrário do que acontece com a generalidade das abreviaturas, estas devem ser grafadas com minúsculas. Aqui fica a lista:

janeiro – jan.
fevereiro – fev.
março – mar.
abril – abr.
maio – mai.
junho – jun.
julho – jul.
agosto – ago.
setembro – set.
outubro – out.
novembro – nov.
dezembro – dez.
Fonte: http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=29998

ProfAP

sábado, 10 de março de 2012

Receita 7: Empadão de frango ao alhinho


A receita, sendo morosa, não é difícil. Para além do frango, os ingredientes principais são o azeite e os alhos. O resultado final compensa o trabalho que dá. Pode ser uma boa escolha para aproveitar sobras de frango assado, sobretudo as partes mais secas.

Empadão de frango ao alhinho

Ingredientes:
. 1 frango assado
. 1 molho de espinafres (ou nabiças ou grelos)
. 1 kg de batatas reduzidas a puré
. 12 cogumelos frescos (previamente lavados e laminados)
. 8 rodelas de chouriço de carne certificado (o de porco preto é uma delícia!)
16 dentes de alho grandes
. azeite (para cozinhar, não use azeite extravirgem)
. massa de pimentão, sal, sumo de limão, pimenta preta moída no momento
Preparação:
A - O frango com os cogumelos
1. Esfregue todo o frango com sumo de limão e barre-o com uma papa feita com 4 dentes de alho em puré, 1 colher de sopa de massa de pimentão, azeite e pimenta. Deixe-o marinar pelo menos durante 2 horas.
2. Leve-o a assar em lume médio até estar tostadinho.
3. Retire-o do forno e, quando estiver morno, tire-lhe a pele (vá lá, pode deliciar-se com 1 tirinha minúscula...) e os ossos e desfie-o .
4. Ponha numa frigideira grande (ou wok) 4 alhos feitos em puré e 4 colheres de sopa de azeite e os cogumelos. Junte uma pitada de pimenta e deixe apurar durante 3 a 4 minutos.
5. Junte o frango desfiado e, mexendo sempre, deixe apurar durante mais 5 minutos.
B - Os espinafres
1. Ponha os espinafres (cortados grosseiramente) em água a ferver com uma pitada de sal. Quando estiverem cozidos (cerca de 10 minutos depois de levantarem fervura), escorra-os e esprema-os para que fiquem sem água. 
2. Ponha numa frigideira 4 alhos feitos em puré e 4 colheres de sopa azeite e deixe aquecer durante 1 minuto em lume médio. Junte os espinafres, mexa bem e deixe apurar durante 5 minutos. 
C - O puré
1. Descasque as batatas e coza-as com sal (cerca de 20 minutos depois de a água levantar fervura).
2. Com o esmagador de batatas, obtenha uma massa tão homogénea quanto possível. Pode usar o passe-vite (interessante este estrangeirismo!).
3. Ponha numa frigideira 4 alhos feitos em puré e 4 colheres sopa de azeite e deixe aquecer durante 1 minuto em lume médio. Junte o puré e 4 colheres de sopa de leite. Polvilhe com pimenta e noz moscada e mexa bem para ficar aveludado. Se ficar seco, junte mais leite.
D - O grand finale
1. No fundo de um tabuleiro de barro (ou pirex), faça com ternura uma bela cama com os espinafres.
2. Junte o frango desfiado com os cogumelos. Com carinho, espalhe bem os pedaços de modo a cobrir toda a área dos espinafres.
3. Com delicadeza, cubra o frango com o puré.
4. Com arte, disponha as 8 rodelas de chouriço sobre o puré.
5. Com fé, leve ao forno até estar loirinho (sem queimar o chouriço). Cerca de 25 minutos.

Sugestões para servir este prato:
. Embora seja um prato de frango, considerando os ingredientes e o modo de preparação, um tinto pode ser uma opção interessante. Porque um dia não são dias, aqui fica a proposta da região do Douro: Castelo d'Alba (Grande Reserva). Um néctar para quem aprecia tintos personalizados. Não sei o preço, pois foi-me oferecido por um amigo. ;)
. Para a sobremesa algo muito simples de preparar, mas diferente: descasce uma banana bem madura e sirva com pedacinhos de geleia. Pode optar pela geleia que tiver disponível. A geleia de limão divulgada no blogue resulta em cheio: o ácido suave do limão faz o casamento perfeito com o doce da banana!
Que trabalheira que deu passar a receita para texto! Mas como não quero que vos falte nada...
Agora, tenho de ir preparar o almoço de hoje. Cozido de frango (alimentado com milho e trigo) com chispe e enchidos (e legumes variados, arroz e feijão). Muito saudável... para a alma! ;)
Bon appétit e bom fim de semana!
ProfAP
P.s. Uma saudação especial para os colegas da Escola Sec. da Sé, na Guarda. Agradeço a simpatia na receção no seminário sobre o Acordo e deixo uma palavra de ânimo para amenizar a tristeza que o falecimento de uma colega, nesse mesmo dia, deixou em todos. Mãe quando nos traz ao mundo, madrasta quando nos abandona, a vida tem de continuar...
Espero que nos possamos reencontrar em circunstâncias mais felizes.

domingo, 4 de março de 2012

Alandroal (Évora): III Mostra Gastronómica do Peixe do Rio

Decorre, até ao próximo dia 11 de março, a III Mostra do Peixe do Rio no Alandroal e localidades mais próximas. Esta é a oportunidade para uma experiência de viagem deliciosamente diferente. Vivi-a e aconselho-a vivamente.
Ontem, sábado, almocei no restaurante mais conhecido do Alandroal e com projeção nacional: "A Maria", conhecido por um original e excelente "pato em vinho tinto". Atendendo à ocasião, optei, depois de uma entrada de cogumelos ao alhinho e uma salada de coelho desfiado, por um apetitoso barbo frito às postas. Quanto à sobremesa, direi apenas que umas farófias ainda mornas e servidas generosamente fizeram a felicidade do meu palato exigente. O vinho branco da casa (engarrafado) é uma escolha obrigatória! O preço da refeição, dependendo das escolhas, anda nos 15€ por pessoa. Ainda assim, a relação qualidade-preço é muito boa.
Ao jantar, desloquei-me a Terena (a 10 km) a outro restaurante aderente à Mostra: "A Lanterna". Refeição para dois: a abrir, pão alentejano consistente, azeitonas bem temperadas, um queijinho seco de ovelha e o jarro mais pequeno do branco da casa, que não desiludiu. Logo a seguir, entrou, triunfante, recostado numa cama de molho de tomate e ladeado de batatinhas cozidas no ponto,  intervaladas por raminhos frescos de poejo, um achigã (ou perca-negra) de sabor delicado. Para a sobremesa comeu-se o que havia: toucinho do céu e bolo de cenoura com cobertura de chocolate. Para encerrar o repasto, um café. E agora, preparem-se para o preço... 12€65! Inesquecível! A simpatia da dona (que também é a cozinheira e serve à mesa) também merece nota máxima.
De sábado para domingo, fiquei alojado na Hospedaria Pêro Rodgrigues (Alandroal). Uma suite (!) para dois descrita no www.booking.com (onde fiz a reserva) como "suite espaçosa com 1 cama king-size, banheira de hidromassagem, lareira e uma varanda.Cada uma das suites climatizadas inclui uma televisão, um sofá e uma secretária.Todas as suites estão elegantemente decoradas com mobiliário tradicional e pisos em azulejo". O quarto era de facto espaçoso e às 19h00, como prometido, acenderam-nos a lareira. Este luxo ficou-nos por 59€! O pequeno-almoço (5€ para dois) também não dececionou. Os donos (sobretudo a dona) têm um conhecimento detalhado da região e podem ser uma fonte preciosa de informação.
Informação sobre o alojamento: http://hosperorodrigues.com.sapo.pt.
Informação sobre a região e a Mostra: Gabinete do Turismo, junto ao castelo, e sítio da Câmara Municipal do Alandroal em http://www.cm-alandroal.pt/pt/Munic%c3%adpio%20Alandroal.htm.
Passarei a divulgar este tipo de informações com a etiqueta "Prazeres e sabores".
Uma boa semana para todos!
ProfAP

sexta-feira, 2 de março de 2012

Acordo: Soluções para os exercícios de translineação

Bom dia!
Como prometido, dou-vos as respostas para o exercício de translineação que vos propus na mensagem anteriror:
1. égua, íman e liam não se separam, pois não se deve escrever no princípio ou no fim da linha uma só vogal ou ditongo. O "am" de "liam" é equivalente a um ditongo nasal.
2. col-meia. Pela razão indicada em 1., o "meia" é inseparável.
3. dis-ses-se. Separam-se sempre consoantes iguais.
4. quan-do, uma vez que gu ou qu nunca se separam da vogal ou ditongo que vem a seguir, seja o u pronunciado ou não.
5. Pa-ra-guai. Aplica-se a "guai" (tritongo) a regra referida em 4.

Notas:
1. Aproveito a oportunidade para enviar um cumprimento especial para Miranda do Corvo e agradecer a receção calorosa que me foi dispensada por professores e funcionários na Escola EB 2.3 C/ Sec. José Falcão  (Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo). A fatia torrada com manteiga daquela espécie de folar que me foi servida antes de iniciar a sessão sobre o Acordo estava divinal!
2. E como a parte final da nota 1. vos deve ter aberto o apetite, fica prometido: durante o fim de semana (sem hífenes, pois claro!) partilharei convosco uma nova receita que vou experimentar hoje ao jantar. Já tem nome: "Empadão de frango ao alhinho". Podem ir matando e depenando o frango... Que horror? Hum... Passo a citar a nossa Sophia de Mello Breyner: "As pessoas sensíveis não são capazes/De matar galinhas/Porém são capazes /De comer galinhas" (...).
ProfAP