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sábado, 30 de junho de 2012

Animais e plantas cá da casa: a polinização continua...

Olá, mais uma vez!
Afinal, volto a publicar hoje. Há pouco, ao fundo do quintal, reparei na azáfama de abelhas e afins na polinização das feijocas-brancas, cujas sementes me foram oferecidas na Páscoa numa aldeia do concelho de Gouveia.
Dei uma corrida a casa e, de máquina em punho, tive esperança de obter uma boa imagem para vos mostrar. Depois de vários "olhò passarinho!",  aqui fica o resultado. Logo a seguir, o inseto levantou voo e foi à sua vida...
 
 
Apanhado em flagrante... de néctar!


Asas para que vos quero!

Abraço a todos!
ProfAP

Benny, o pinto da Ferreira Dias

A pedido de várias famílias, partilho um pequeno documento para mostrar que o pinto incubado e nascido em fevereiro na Esc. Sec. de Ferreira Dias, no Cacém, cresceu e está de boa saúde. Responde pelo nome (Benny) e adora ser coçado no pescoço e no bico. Finalmente, foi integrado num bando e já aprendeu a tomar banhos de pó (essenciais para a higiene das penas). Quanto ao sexo, de início tinha postura de galo, atualmente inclino-me mais para a hipótese de ser uma "menina". Quando houver uma certeza, direi. Vosso, ProfAP

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Em bom português: precaridade ou precariedade?

Numa conjuntura socioeconómica em que, infelizmente, ouvimos as duas versões da mesma palavra, designando o que é "precário, pouco estável, incerto, frágil", é frequente, nas intervenções dos dirigentes sindicais, a presença da "precariedade". Embora pareça que aquele "e" está ali a mais, garanto-vos que não está!
É assim que deve ser escrito e dito: PRECARIEDADE. A generalidade dos dicionários (tanto de Portugal como do Brasil) registam apenas este termo.

MAS...
Cândido de Figueiredo e António Morais e Silva apresentam, nos seus dicionários, PRECARIDADE como sinónimo de "precariedade"...

CONCLUSÃO:
Seguindo o ponto de vista do Ciberdúvidas, PRECARIEDADE é a palavra mais correta.
Sendo uma questão de mais ou menos, há que ser tolerante. Assim sendo, os professores podem corrigir e propor a versão mais correta, sempre com caráter formativo, não descontando o "erro" na classificação dos trabalhos dos alunos.
Confirma-se, mais uma vez, que poucas coisas são simples na nossa querida língua portuguesa...

Até amanhã!
ProfAP

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Em bom português: perca ou perda?

À partida, poderíamos pensar ter aqui um caso simples com regras de aplicação claras. Tudo aparências, como poderão poder ver no "MAS...". A língua portuguesa é um osso duro de roer quando menos se espera...

Eis o que costumo ensinar:
Ambas as palavras (parónimas) são opções adequadas, mas em diferentes contextos.
A. PERDA é um nome e significa, entre outras coisas, “1. ato ou efeito de perder. 2. privação de uma coisa que se possuía”. Exemplo: “Esta morte é uma perda para todos nós!”
B. PERCA é uma forma do verbo perder: presente do conjuntivo, 1ª ou 3ª pessoa (“Espero que ele perca o medo!”) ou imperativo, 2ª pessoa do plural (“Não perca tempo e corra para o comboio, Dona Lurdes!”).
DICA: A única perca que é nome é a perca-do-Nilo (peixe delicioso!).

MAS...
1. Usar perca com o sentido de perda (“Esta morte é uma perca para todos nós!”) é correto… na linguagem popular. No entanto, não há unanimidade nas fontes em relação à correção/incorreção dos dois termos.
2. O dicionário Aurélio (Brasil) regista perca como nome, correspondendo ao perda da norma luso-africana, dando a ideia de que a norma brasileira é mais aberta em relação ao uso das duas palavras como sinónimos.

Bom São/são Pedro!
ProfAP

segunda-feira, 25 de junho de 2012

.inclusive ou inclusivé?

E a resposta é... inclusive!
Trata-se de uma palavra latina (como em latim, sem acento), sinónima de inclusivamente. Embora em geral a pronúncia seja com o "e" aberto, a palavra é grave com a sílaba tónica em "si": inclusive. Pode ser pronunciada com o "e" final fechado (como em cabide) ou aberto (como em café).
CONCLUSÃO: a grafia que respeita a norma é inclusive e não "inclusivé".
Outros casos semelhantes: exclusive, salve, vide.

Boa semana para todos!
ProfAP

domingo, 24 de junho de 2012

.os media, os média ou os mídia?

A.   Sempre escrevi e ensinei os media, pronunciado com o “e” aberto, como se lá houvesse um acento agudo.
B.   Vários dicionários registam as formas média e media.
C. Os nossos irmãos brasileiros, com sentido prático, criaram os mídia. Nos dicionários de português do Brasil, também encontrei media, sempre sem acento, mas tenho a perceção de que o termo que costumam utilizar é mesmo mídia.
D.   CONCLUSÕES:
1. Não há fundamento para o uso, em Portugal, de mídia, uma vez que é uma palavra confinada à norma brasileira.
2. Considerando a diversidade de perspetivas das fontes, parece-me que tanto média como media são opções corretas. Mas continuo a preferir media, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciênciasde Lisboa, que não regista média, ou o Ciberdúvidas (sou um fã incondicional desta magnífica equipa). Transcrevo, com a devida vénia, um extrato de uma resposta dada a um consulente:
Mesmo quem diga media, acentuando o e e com valor de plural, não pode usar o acento gráfico, porque está a usar um plural neutro latino, media, cujo singular é medĭu-, «meio». A pronúncia “mídia” é a imitação da que lhe dão os ingleses. F. V. P. da Fonseca:: 15/06/2007
Bom resto de domingo!
ProfAP
P.s.: Para informações com mais detalhes sobre este assunto, clique AQUI.

sábado, 23 de junho de 2012

Em bom português: rescrever, reescrever ou re-escrever?

A. Aparentemente, re-escrever derivaria da aplicação das regras do Novo Acordo Ortográfico, Base XVI:
“Nas formações com prefixos (…) só se emprega o hífen nos seguintes casos: (…) b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação (...) .”
MAS:
Na linha da tradição lexicográfica seguida em relação ao prefixo re-, que sempre aglutinou com o elemento seguinte (como  des-, in-, pro-, pre-, trans- ou para-), tanto a Academia Brasileira das Letras como o Portal da Língua Portuguesa não registam este prefixo seguido de hífen. Assim, re- continua a aglutinar em todas as situações: re(e)screver, reeditar, reeleger, reencaminhar, etc.
B. Quanto a rescrever e reescrever, são formas sinónimas. Podemos escolher uma ou outra. Só por curiosidade, acrescento que rescrever está mais próximo do étimo latino: rescribĕre.
CONCLUSÃO: Escreva rescrever ou reescrever, sempre sem hífen!

Bom fim de semana pra todos!
ProfAP

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Em bom português: filhó ou filhós?

Agora que os santos populares aí estão e as festas e feiras serão mais que muitas, ao passarmos pela rulote dos fritos, como devemos pedir: Dê-me uma filhós ou uma filhó? Pedido seguido de um imprescindível "se faz favor", bem entendido!
Saboreie a supertípica especialidade sem preocupações linguísticas, pois as duas palavras estão corretas e são sinónimas. Alguns autores, numa postura excessivamente conservadora, condenam o uso de filhós no singular. E é como gosto de dizer, no prazer antecipado de a receber, quentinha, ostentando, dengosa, uma alma bordada a açúcar e a canela. Na Feira de Setúbal, não dispenso, a acompanhar, um moscatel cá da terra (segundo os entendidos, a consumir à temperatura ambiente, sem gelo nem casquinha de limão).*1
Filhó tem como plural filhós, enquanto filhósfilhoses.
Esta nossa língua portuguesa é mesmo uma gracinha!
Portem-se bem!
ProfAP

E já agora, porque não quero que vos falte nada, deixo uma informação técnica sobre a coexistência destas duas doces e olorosas palavras:
"Ao processo de uma forma plural passar a ser empregue para designar também o singular, Evanildo Bechara dá o nome de "plural cumulativo" (ver Moderna Gramática Portuguesa, Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, pp. 128-129). O mesmo fenómeno acontece com os substantivos  ilhó e ilhós, eiró e eirós, lilá e lilás, por exemplo."  In http://www.flip.pt/Duvidas-Linguisticas/Duvida-Linguistica.aspx?DID=4933

*1- Se aprecia um bom moscatel, aconselho o "Thasos". Com uma excelente relação qualidade-preço, pode adquiri-lo a pouco mais de 4 euros no Continente/Modelo.

domingo, 17 de junho de 2012

Em bom português: bimensal ou bimestral?

Esta questão poderia parecer simples, sobretudo seguindo a perspetiva do Ciberdúvidas:
A. Bimensal - Que acontece ou se publica duas vezes por mês. O mesmo que quinzenal.
B. Bimestral - Que se realiza ou se publica de dois em dois meses.
Tudo seria simples se... não me tivesse embrenhado em dicionários de referência (da Academia das Ciências, Aurélio e Grande Dicionário da Porto Editora).
Conclusões dessa minha viagem digital (neste caso, referente aos dedos):
1. Bimensal - Aqui há unanimidade em relação ao sentido apresentado pelo Ciberdúvidas. Encontrei ainda bimensário como sinónimo.
2. Bimestral - Confirma-se o sentido apresentado no Ciberdúvidas, mas... também é apresentado como sinónimo de bimensal.
CONCLUSÕES A RETER:
1. Para dizer duas vezes por mês (ou de quinze em quinze dias), deve escrever BIMENSAL.
2. Querendo referir-se a algo que acontece  de dois em dois meses, pode dizer BIMESTRAL ou BIMENSAL. Por uma questão de clareza, vou continuar a optar por bimestral.
Por-tu-gal! E venha agora a República Checa!
Abraço.
ProfAP

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Plural das siglas: CD, CDs ou CD’s?

Indo direto ao assunto, de acordo com as regras, o plural de CD é... CD.
Sendo a sigla constituída pelas letras iniciais de duas ou mais palavras, soletradas na sua realização oral ("cêdê"), válidas tanto para o singular (um Compact Disc) como para o plural (dois Compact Discs), não se justifica a junção do s para formar o plural.
MAS...
1. É frequente vermos o s no plural em siglas e acrónimos. Não sendo lógico pelo exposto no parágrafo inicial, este procedimento não é condenado pelas regras da nossa ortografia e o texto do Novo Acordo não aborda a questão.
2. Nenhuma das fontes que consultei aceita a introdução de apóstrofo (CD's ou PME's), considerando o seu uso desprovido de qualquer lógica.

Informações complementares:
1. O acrónimo é formado pelas letras iniciais de várias palavras. Lê-se de forma contínua como se de um nome se tratasse: PALOP, VIP, OVNI, INEM. Em relação ao plural, aplica-se-lhe o que foi dito para as siglas.
2. A abreviatura é um conjunto de letras que fazem parte de uma palavra e a representam na escrita: sr. (senhor), adj. (adjetivo), abrev. (abreviatura), etc. (et caetera/et cetera). Em muitas abreviaturas, as flexões em género e em número são incontornáveis: Exmos. Srs., Dr.ª, Prof.ª.
3. No símbolo, resultado de uma convenção, uma ou várias letras representam um conceito: km (quilómetro), ºC (grau Celsius), Au (ouro), V (volt).
Importante: os símbolos não levam ponto (.) nem admitem plural.

CONCLUSÕES sobre as flexões (género/número):
a) nos símbolos não têm sentido;
b) nalgumas abreviaturas, é um procedimento inevitável;
c) sendo admissível nas siglas e acrónimos, a opção mais segura é não o fazer: as PME, os CDROM, os CD...

E AINDA:
Para alguns linguistas, acrescentar o s implica seguir as regras gerais na flexão: CDês, PALOPes, ONGues, etc.

Que o fim de semana seja bom para todos!
ProfAP

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Em bom português: Trienal, trianual ou trisanual?

Li ontem num blogue, relativamente ao termo trianual, este comentário: “Trianual não existe... ,deveria ser trienal.”

Estava dado o “tiro de partida” para mais uma pesquisa caseira.
Nos primeiros dicionários que consultei (incluindo os disponíveis online), trienal é definido como algo “1. que dura três anos 2. que é conferido ou exercido durante três anos”, enquanto  de trianual se diz: “1. que ocorre três vezes por ano 2. que ocorre de três em três anos”. Quanto a trisanual, é apresentado com sinónimo de trienal.
No entanto, após uma consulta mais abrangente de dicionários (incluindo o da Academia das Ciências de Lisboa e o Houaiss), concluo, que, apesar de as definições serem pouco precisas e de não haver sintonia entre as fontes, podemos optar pela interpretação mais abrangente: trianual, trienal e trisanual podem ser considerados equivalentes, independentemente de estarmos a referir-nos a algo que “dura três anos”, que "acontece três vezes por ano" ou “ocorre de três em três anos”.

Notas complementares:
1. O comentário que transcrevi no início desta mensagem tem algum fundamento. Se recuarmos quatro ou cinco anos, verificaremos que nenhum dicionário registava a palavra “trianual”, embora já fosse de uso corrente. Apenas encontrávamos trienal e trisanual (termos apresentados como sinónimos).
2. Em botânica, recorre-se a trienal para designar as “plantas que só dão fruto três anos após a sua plantação ou de três em três anos”.
3. Quando nos referimos a uma exposição ou evento que se realiza de três em três anos, devemos dizer trienal.
4. Para designar um acontecimento que ocorre de três vezes por ano, podemos recorrer à palavra quatrimestal, como bem observou o leitor Henrique nos comentários.

E vivam os queijinhos de Azeitão*1 (que, afinal, são da Quinta do Anjo...)!
ProfAP

*1 - Vivo em Brejos de Azeitão.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

.bienal ou bianual?

Ontem, um colega que estava a verificar uma ata de um conselho de turma chamou-me para me perguntar se a designação “disciplina bienal” estava adequada. Respondi sem hesitar que não, uma vez que “bienal” significava de dois em dois anos. Logo, tinha de se escrever “disciplina bianual”. Argumentou o secretário que, nos documentos oficiais, era assim que estava escrito. Pedi algum tempo para investigar a “fraturante” questão.
Depois de vários dicionários de papel para aqui, Ciberdúvidas para ali, dicionários online para acolá, FLIP para quem o apanhar, partilho as conclusões. Devo dizer-vos, como ponto prévio, que o secretário não teve de refazer a ata, o que significa que, afinal, as minhas certezas estavam a precisar de obras…
 A. Bienal
No seu sentido original, a palavra equivalia a “que ocorre de dois em anos”. No entanto, no seu uso generalizado, significa também “que dura dois anos consecutivos; bianual”.
MAS: Quando nos referimos a uma exposição ou evento, o sentido é que se realiza "de dois em dois anos". Exemplo: A “16ª Bienal de Cerveira”.
 B. Bianual
Segundo os dicionários, os seus sentidos são: “1. que ocorre duas vezes por ano / 2. que dura dois anos; bienal”
MAS: Bianual em botânica quer dizer “planta que dura dois anos, completando o seu ciclo evolutivo neste período”.

CONCLUSÃO PRINCIPAL: Os dois termos são equivalentes, pelo que podemos escolher um ou outro. Os contratos e as disciplinas são livres de serem bienais ou bianuais. Ainda bem para eles!

Abraço do ProfAP.

sábado, 9 de junho de 2012

.onde ou aonde?

Para o Ciberdúvidas, o advérbio aonde é cada vez menos utilizado, havendo quem o considere um regionalismo ou, inclusive, um arcaísmo.
Mesmo não havendo consenso em relação ao assunto, apresento a explicação/distinção a que costumo recorrer nas minhas aulas.
A. Onde = Em que lugar
Surge associado sobretudo aos verbos ser, estar e ficar, sendo mais mais estático:
Onde está o trabalho? / Onde fica essa rua? / Onde é o concerto?
B. Aonde = A que/Para que lugar
Costuma anteceder verbos como ir, chegar ou levar, sendo mais dinâmico (com mais movimento):
Aonde me levas? / Aonde vamos almoçar? / Quero ver aonde chega a tua falta de vergonha!
C. Mas…
1. Há uma tendência acentuada para a utilização de onde em todas as situações, mesmo aquelas em que seria suposto empregar aonde.
2. Muito importante: se é relativamente comum empregar onde em vez de aonde, o contrário é incorreto. Exemplos:
a) Dizer “Onde vamos almoçar?” em vez “Aonde vamos almoçar?” é aceitável;
b) Já substituir “Onde é o concerto?” por “Aonde é o concerto?”… NUNCA!
D. Dica: Não se comprometa e, na dúvida, opte sempre por ONDE.


Com a devida vénia e o merecido destaque, aqui vos deixo uma fonte com uma explicação conseguida:
Aonde quer que vão ou onde quer que fiquem, que o fim de semana seja bom!
ProfAP

Em bom português: terraplanagem ou terraplenagem?

Já encontrei terraplenagem para "ato de encher de terra uma cavidade" e terraplanagem a significar "ato de tornar plano". Embora a distinção pareça fazer todo o sentido, os nossos principais dicionários consideram os termos equivalentes.
Conclusão: pode escrever terraplenagem ou terraplanagem.
Seja qual for a escolha, o importante é tapar rapidamente todos os buracos que vão infernizando as nossas vidas...
Bom fim de semana!
ProfAP

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Em bom português: curgete, courgete ou courgette?

Neste caso, as fontes são todas coincidentes. Para o português europeu, há apenas duas grafias para designar este fruto: courgette (estrangeirismo do francês) e a forma adaptada curgete. É sempre preferível optar pelas formas aportuguesadas.
No Brasil, a palavra utilizada para designar a curgete é abobrinha.

CONCLUSÕES:
PORTUGAL
BRASIL
curgete
e
courgette (em itálico ou entre aspas)
abobrinha

Abraço.
AP
 

terça-feira, 5 de junho de 2012

.a fim ou afim?

Ambas as formas são possíveis em função dos contextos.

1. A FIM significa “com o objetivo de”.
Vou preparar-me a fim de conseguir os mínimos para os Jogos Olímpicos.
2. AFIM é um nome e significa “que tem afinidade com”/”semelhante”/”próximo”/”parente por afinidade”.
Usa-se mais no plural.
Adoro doces, chocolates e afins.

Nota: É comum no Brasil o recurso à expressão “estar a fim de” com o sentido de “estar com vontade de” ou “estar interessado em algo ou alguém”.
Ele simplesmente não está a fim de você!
Está a fim de um cineminha?

DICA:
Sendo equivalente à preposição “para”, escreva a fim.
Estou a rezar a fim de ter sorte no exame. = Estou a rezar para ter sorte no exame.

Sorte para todos!
ProfAP

domingo, 3 de junho de 2012

Animais e plantas cá da casa: a natureza segue o seu curso...

Este é o pai baboso...
Depois de três anos a tentar, consegui finalmente que os meus faisões se reproduzissem. Nasceram cinco crias minúsculas. A transferência para uma capoeira com 40 m2 parece ter sido decisiva neste sucesso na reprodução. Espécie: faisão-versicolor.

Ó pra elas, tão lindas!
Depois de as ter transplantado para um espaço mais exposto ao sol, as minhas framboeseiras (ou framboeseiros) brindaram-me com centenas de frutos...
Estou a ensaiar uma compota. Se resultar, partilhá-la-ei convosco.

A posar para a fotografia...
A minhas treparadeiras passiflora começaram hoje a florir. Segundos antes do sorriso para a câmara, uma abelha levantou voo e perdeu a oportunidade de ficar registada para a posteridade. Nome da espécie: passiflora-caerulea.
Sabia que há cerca de 500 espécies, sendo 133 nativas do Brasil?

Boa semana para todos.
ProfAP


















sábado, 2 de junho de 2012

Para os colegas de Alenquer

Boa noite, meus caros colegas e, nesta circunstância, formandos!
Como prometido, deixo-vos as respostas para o teste de conhecimentos sobre o Novo Acordo. É só clicar AQUI. Para qualquer dúvida, enviem e-mail ou telefonem.
Recordo que na sessão final de avaliação estarei na sala a partir da 14h30 (talvez mesmo um pouco antes). A prova de expressão escrita (200 a 250 palavras), respeitando as regras do NAO, é individual e poderão ser consultados todos os documentos escritos que entenderem, guias e dicionários, estando excluída a utilização de meios informáticos. Em relação às duplas grafias, a fonte que deve ser seguida é o GUIA EXPRESSO PARA A MUDANÇA (distribuído na sessão inicial da formação).
IMPORTANTE: Não se esqueçam de enviar (até 4ª) ou levar para a sessão (em papel) o relatório de apreciação da ação de formação.

Abraço a todos!
AP

Receita 12: compota de nêspera

Apesar de ter no meu quintalão várias espécies de nêsperas (sete das quais já a dar fruto), o ano não foi propício a este fruto. Ainda assim, com os poucos frutos colhidos, não prescindi de confecionar uma das minhas compotas preferidas (fi-la pela primeira vez na primavera 2011).
As receita que vos apresento (com duas versões) resulta de experiências sucessivas. É um trabalho minucioso e demorado na preparação dos frutos, mas o resultado final é divinal!
Versão A: Compota de nêspera com canela
Ingredientes:
.Nêsperas descascadas, descaroçadas e sem a película interior que separa o fruto do caroço
.Açúcar amarelo (metade do peso das nêsperas limpas)
.Paus de canelas (2 por cada 500 gramas de fruto limpo)
Preparação
1. Junte num tacho de alumínio todos os ingredientes, mexa (com uma colher de pau), deixe levantar fervura e baixe o lume.
2. Vá vigiando e mexendo de vez em quando.
3. Levará entre 60 a 80 minutos em função da quantidade de sumo. Quando começar a acumular espuma na superfície dos frutos e a querer agarrar ao fundo, deverá estar pronto. Se tudo tiver corrido bem, a compota exibirá, orgulhosa, uma magnífica cor de mogno.
4. Assim que desligar o lume, ponha a compota nos frascos e feche-os.
5. Quando estiverem à temperatura ambiente, guarde-os no frio, dado a redução no açúcar.
Ideias para servir:
Com bolachas de água e sal, torradas ou mesmo fatias finas de pão mole.
Também resulta com queijo fresco ou requeijão ou gelado de nata, baunilha ou caramelo.
Versão B: Compota de nêspera com fios de laranja
Em relação à versão A, é só substituir a canela por casca de laranja ralada (casca de meia laranja por quilo de nêspera limpa).
Bon appétit!
ProfAP