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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Em bom português: perca ou perda?

À partida, poderíamos pensar ter aqui um caso simples com regras de aplicação claras. Tudo aparências, como poderão poder ver no "MAS...". A língua portuguesa é um osso duro de roer quando menos se espera...

Eis o que costumo ensinar:
Ambas as palavras (parónimas) são opções adequadas, mas em diferentes contextos.
A. PERDA é um nome e significa, entre outras coisas, “1. ato ou efeito de perder. 2. privação de uma coisa que se possuía”. Exemplo: “Esta morte é uma perda para todos nós!”
B. PERCA é uma forma do verbo perder: presente do conjuntivo, 1ª ou 3ª pessoa (“Espero que ele perca o medo!”) ou imperativo, 2ª pessoa do plural (“Não perca tempo e corra para o comboio, Dona Lurdes!”).
DICA: A única perca que é nome é a perca-do-Nilo (peixe delicioso!).

MAS...
1. Usar perca com o sentido de perda (“Esta morte é uma perca para todos nós!”) é correto… na linguagem popular. No entanto, não há unanimidade nas fontes em relação à correção/incorreção dos dois termos.
2. O dicionário Aurélio (Brasil) regista perca como nome, correspondendo ao perda da norma luso-africana, dando a ideia de que a norma brasileira é mais aberta em relação ao uso das duas palavras como sinónimos.

Bom São/são Pedro!
ProfAP

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