À partida, poderíamos pensar ter aqui um caso simples com
regras de aplicação claras. Tudo aparências, como poderão poder ver no "MAS...". A língua portuguesa é um osso duro de roer quando menos se espera...
Eis o que costumo ensinar:
Ambas as palavras (parónimas) são opções adequadas, mas em
diferentes contextos.
A. PERDA é um
nome e significa, entre outras coisas, “1. ato ou efeito de perder. 2. privação
de uma coisa que se possuía”. Exemplo: “Esta morte é uma perda para todos nós!”
B. PERCA é uma
forma do verbo perder: presente do conjuntivo, 1ª ou 3ª pessoa (“Espero que ele
perca o medo!”) ou imperativo, 2ª pessoa do plural (“Não perca tempo e corra
para o comboio, Dona Lurdes!”).
DICA: A única perca que é nome é a perca-do-Nilo (peixe
delicioso!).
MAS...
1. Usar perca
com o sentido de perda (“Esta morte é uma perca para todos nós!”) é correto… na
linguagem popular. No entanto, não há unanimidade nas fontes em relação
à correção/incorreção dos dois termos.
2. O dicionário
Aurélio (Brasil) regista perca como nome, correspondendo ao perda da norma
luso-africana, dando a ideia de que a norma brasileira é mais aberta em relação ao uso
das duas palavras como sinónimos.
Bom São/são Pedro!
ProfAP
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