Extrato de uma notícia do jornal Público publicada ontem:
“Segundo
um comunicado da presidência, Ianukovich também se propôs nomear o antigo
pugilista e líder do partido Udar (Murro), Vitali Klitschko, vice primeiro-ministro com responsabilidade sobre os
“assuntos humanitários”, e a rever a Constituição para reduzir
significativamente os seus poderes. A nota oficial omitia, porém, se os dois
líderes da oposição tinham aceitado ou declinado a proposta.”
Vice
primeiro-ministro? Mesmo tendo
em conta que o jornal Público não aplica o Novo Acordo Ortográfico, é assim que
se escreve (ou escrevia)? Não, senhores, não é! Nem era!
Explicação:
1. Primeiro-ministro era e continua a ser
hifenizado:
“Emprega-se o
hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação
e cujos elementos (…) constituem uma unidade sintagmática e semântica (…): ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris,
decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião
(…)” Base XV, nº 1, do AO
2. E vice? Também aqui se mantém o que estava
estatuído pelo AO45 (Portugal) e FO43 (Brasil): “Nas
formações com os prefixos ex- (com o
sentido de estado anterior ou cessamento), sota-,
soto-, vice- e
vizo-: ex-almirante (…);
sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente (…), vizo-rei.” Base XVI, nº 1
e), do AO.
A regra era e é muito simples (coisa
rara na hifenização!): Há sempre hífen
a seguir a vice-.
CONCLUSÃO:
vice-primeiro-ministro!
Assim
sendo, nota negativa para o Público!
Abraço.
AP
Imagem encontrada AQUI.
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