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sábado, 27 de abril de 2013

.destroyer, destróier ou destroier?

Imagem encontrada AQUI.
 
Este é um caso cujo interesse advém da aplicação sui generis do texto do Novo Acordo Ortográfico.
Comecemos pelo sentido: “navio muito rápido, para destruir os barcos torpedeiros, equipado com aparelhagem especial para dar caça a submarinos”. (Infopédia)
 
Esclarecido o sentido, vamos às hipóteses apresentadas no título da mensagem.
A. Destroyer
Estrangeirismo do inglês, é uma grafia válida para Portugal, mas não é usada no Brasil.
B. Destróier
Era a forma utilizado utilizada no Brasil antes da aplicação do AO. Considerando a base IX, número 3, das novas regras (“Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica das palavras paroxítonas”), esperar-se-ia a queda do acento. Foi isso que aconteceu? Veja a resposta no ponto seguinte.
C. Destroier
Forma claramente fora de jogo, é inválida tanto para Portugal como para o Brasil.
Embora o AO determine a queda do acento no ditongo oi das palavras graves (como em Troia, joia e jiboia), uma outra regra prevalece: a que determina que todas as palavras paroxítonas terminadas em r são acentuadas.
 
 
Conclusões:
Portugal
Brasil
destroyer (entre aspas ou em itálico)
Mas prefira a forma contratorpedeiro.
destroier (como antes do AO)
Nota: Contratorpedeiro está nos dicionários brasileiros e no VOLP da Academia Brasileira, mas não sei se é de uso corrente no Brasil.*
*- Entretanto, o leitor Charles confirmou-me, nos comentários, que contratorpedeiro é comum no Brasil.

Abraço.
AP


2 comentários:

  1. Olá. Sim caro professor, contratorpedeiro é comumente usado no Brasil. E para já, ainda bem que no AO não tiraram o acento do "ônibus", se não teriamos que ficar todos em pé...
    Sucesso caro Professor...

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  2. Boa noite, Charles!
    Obrigado pela informação que irei introduzir na mensagem.
    E também fico feliz em relação ao "ônibus". Aqui em Portugal, dizemos "autocarro". Não corremos de nos tirarem o acento, mas nas horas de maior tráfego já viajamos todos de pé...
    Abraço.
    AP

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