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quarta-feira, 17 de abril de 2013

.Acordo ortográfico tem diferença de 6 meses entre Brasil e Portugal!

O chefe da diplomacia portuguesa disse esta quinta-feira que o prazo para a aplicação plena do acordo ortográfico "tem uma diferença de seis meses" entre Brasil e Portugal e sublinhou a importância da afirmação das culturas num mundo globalizado.
 

"O prazo de plena implementação para o acordo tem uma diferença de seis meses entre o Brasil e Portugal. Mas, refiro, plena aplicação. Nessa matéria seguimos muito o que foi feito no chamado acordo de Brasília, haverá um encontro internacional da língua portuguesa ainda este ano", referiu Paulo Portas durante uma conferência de imprensa conjunta no Palácio das Necessidades com o seu homólogo brasileiro, António Patriota, em visita oficial.
"Em globalização não são apenas as economias que competem, também são as culturas que na sua diversidade se afirmam", sustentou, ao responder às perguntas dos jornalistas.

Portas frisou que o português, falado "pelo mundo fora", é uma língua "que pode triunfar na globalização" e ajudar a fomentar a diversidade dos países do espaço lusófono.
"Para a afirmação internacional dos países que falam a língua portuguesa é essencial a internacionalização e institucionalização do uso da língua portuguesa. Isso é uma estratégia que só pode ser comum", insistiu.
Em sintonia de posições com o seu homólogo de Brasília, e após terem anunciado o reforço da cooperação bilateral, com destaque para a área da educação, Portas disse que os dois países também têm a função de "ajudar um mundo lusófono cada vez maior" através de uma "energia institucional a favor do uso internacional do português, que é inteiramente merecido. Para isso, tem de ser feito com todos os países que falam português, começando pelo Brasil", salientou.
Numa referência à diversificação das exportações portugueses para a América Latina, e no contexto da visita que o Presidente Cavaco Silva efetua à Colômbia e Peru na próxima semana, o chefe da diplomacia lusa recordou a "enérgica diversificação dos mercados" e a "aposta muito forte na diplomacia económica" pelo seu ministério.
No entanto, Portas especificou que a exportação e internacionalização na América Latina "não é nenhum facto apesar do Brasil, é um facto que começa no Brasil e é feito com o Brasil que é o nosso primeiro cliente na América Latina".
E insistiu: "O facto de as empresas portugueses estarem a exportar para outros países só prova o gabarito e competência dos nossos quadros, empresários e trabalhadores. Vejo isso como um mais e não como um menos. A posição comercial do Brasil com Portugal, como o ministro António Patriota referiu, é uma posição não só muito sólida mas em crescimento".

Numa referência à deslocação do Presidente, que se inicia na segunda-feira, Portas optou por não confirmar desde já a sua participação.
Para além da viagem de Cavaco Silva, Portas recordou outros "factos diplomáticos relevantes" que decorrem em simultâneo.
"Portugal recebe a presidência do "5+5", também é muito importante, há o enterro da senhora Thatcher, há vários factos e procuraremos administrar isso com a maior capacidade de representação do país", afirmou.


 
Abraço.
AP

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