O chefe da diplomacia
portuguesa disse esta quinta-feira que o prazo para a aplicação plena do acordo
ortográfico "tem uma diferença de seis meses" entre Brasil e Portugal
e sublinhou a importância da afirmação das culturas num mundo globalizado.
"O prazo de plena implementação para o acordo tem
uma diferença de seis meses entre o Brasil e Portugal. Mas, refiro, plena
aplicação. Nessa matéria seguimos muito o que foi feito no chamado acordo de
Brasília, haverá um encontro internacional da língua portuguesa ainda este
ano", referiu Paulo Portas durante uma conferência de imprensa conjunta no
Palácio das Necessidades com o seu homólogo brasileiro, António Patriota, em
visita oficial.
"Em globalização não são apenas as economias que
competem, também são as culturas que na sua diversidade se afirmam",
sustentou, ao responder às perguntas dos jornalistas.
Abraço.
AP
Portas frisou que o português, falado "pelo mundo
fora", é uma língua "que pode triunfar na globalização" e ajudar
a fomentar a diversidade dos países do espaço lusófono.
"Para a afirmação internacional dos países que
falam a língua portuguesa é essencial a internacionalização e
institucionalização do uso da língua portuguesa. Isso é uma estratégia que só
pode ser comum", insistiu.
Em sintonia de posições com o seu homólogo de
Brasília, e após terem anunciado o reforço da cooperação bilateral, com destaque
para a área da educação, Portas disse que os dois países também têm a função de
"ajudar um mundo lusófono cada vez maior" através de uma
"energia institucional a favor do uso internacional do português, que é
inteiramente merecido. Para isso, tem de ser feito com todos os países que
falam português, começando pelo Brasil", salientou.
Numa referência à diversificação das exportações
portugueses para a América Latina, e no contexto da visita que o Presidente
Cavaco Silva efetua à Colômbia e Peru na próxima semana, o chefe da diplomacia
lusa recordou a "enérgica diversificação dos mercados" e a
"aposta muito forte na diplomacia económica" pelo seu ministério.
No entanto, Portas especificou que a exportação e
internacionalização na América Latina "não é nenhum facto apesar do
Brasil, é um facto que começa no Brasil e é feito com o Brasil que é o nosso
primeiro cliente na América Latina".
E insistiu: "O facto de as empresas portugueses
estarem a exportar para outros países só prova o gabarito e competência dos
nossos quadros, empresários e trabalhadores. Vejo isso como um mais e não como
um menos. A posição comercial do Brasil com Portugal, como o ministro António
Patriota referiu, é uma posição não só muito sólida mas em crescimento".
Numa referência à deslocação do Presidente, que se
inicia na segunda-feira, Portas optou por não confirmar desde já a sua
participação.
Para além da viagem de Cavaco Silva, Portas recordou
outros "factos diplomáticos relevantes" que decorrem em simultâneo.
"Portugal recebe a presidência do
"5+5", também é muito importante, há o enterro da senhora Thatcher,
há vários factos e procuraremos administrar isso com a maior capacidade de
representação do país", afirmou.
Data: 11/04/2013
AP
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