A Decathlon pode continuar a baixar os preços... com acento!
Clicando na entrada “Critérios
de aplicação do AO” do Portal da Língua Portuguesa, podemos ler:
“Passa a ser opcional o uso do acento gráfico para distinguir
os seguintes casos:
•as formas do presente das do pretérito perfeito do
indicativo em muitos verbos da 1ª conjugação: amamos (presente), mas amámos ou amamos (pretérito perfeito);
•as formas demos (pretérito perfeito do indicativo) e
dêmos (presente do conjuntivo e imperativo) do verbo dar.”
Embora numa fase
inicial, houvesse quem defendesse (como a Doutora Margarita Correia do ILTEC) que em Portugal devíamos continuar a ensinar
na escola a colocar acento na primeira pessoa do plural dos verbos da primeira
conjugação, considerando o texto do AO e sobretudo os “Critérios de aplicação
do AO”, não se justifica a valorização da grafia acentuada.
Para o Brasil, a
questão é simples, pois já não usava o acento.
Justifica-se esta
opcionalidade? Sim, uma vez que há realizações fonéticas diferentes. No Brasil
(onde o a não é aberto), mas também em
Portugal, onde o a é pronunciado aberto no Sul e fechado para um número elevado
de falantes no Norte).
Conclusão:
PORTUGAL e BRASIL
Ontem, baixámos ou baixamos os preços.
Nota:
Apesar de ser opcional, no Brasil a prática era e continua a ser não colocar acento.
Apesar de ser opcional, no Brasil a prática era e continua a ser não colocar acento.
Obs.: O AO também consagrou a dupla
grafia fôrma/forma. Na prática, essa
opcionalidade é efetiva apenas no Brasil, uma vez que, no português europeu,
este acento desambiguador caiu com o Acordo de 1945 (aplicado apenas em
Portugal), tendo sido mantido no Formulário de 1943 (seguido no Brasil).
Abraço.
AP
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