Eu mordo... muito! Minha gloriosa foto veio dAQUI.
Esta pergunta foi-me enviada por um
ex-aluno. Segundo ele, a Base XV parece determinar o uso de hífenes em "cão-de-guarda".
1. Eis os que diz o nº 3 da Base XV: “Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas,
estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento (…).”
Compreende-se o desvio na
interpretação, mas a locução “cão de guarda” designa apenas uma função e não
uma espécie zoológica. Várias raças de cães podem ser “cães de guarda” como o pastor-alemão,
o pastor-alentejano ou o serra-da-estrela. Por serem
raças, os três nomes são hifenizados.
2. A resposta à pergunta poderia estar na mesma
Base XV, mas no nº 6: “Nas locuções
de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais,
prepositivas ou conjuncionais, não se
emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso
(como é o caso de água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito,
pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa).”
Não
estando nas exceções, a locução perderia os hífenes. Só que... já não os tinha antes da aplicação da reforma ortográfica. Logo, vamos continuar a escrever: cão de guarda.
CONCLUSÃO:
Portugal
(norma luso-afro-asiática) e Brasil (norma brasileira)
cão de guarda
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Abraço.
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