Governo brasileiro
prepara decreto para adiar acordo ortográfico para 2016
O novo acordo
ortográfico foi introduzido nas escolas portuguesas no ano letivo de 2011/2012
Segundo o que acabo de ler, no Brasil, o Novo Acordo não entra em
vigor no próximo dia 1 de janeiro, prolongando-se o período de transição até 2016. Em Portugal, a
aplicação plena está prevista para maio de 2015.
Espero que se aproveite este tempo extra, sobretudo em
dois domínios:
a) Para desatar os nós górdios que
ornamentam aqui e ali o texto do AO;
b) Para criar um Vocabulário Comum
fidedigno (previsto para 2014) que acabe com divergências incompreensíveis entre
os Vocabulários disponíveis online: o
do Portal da Língua Portuguesa e o da Academia Brasileira de Letras (com muito
mais entradas, apesar de se tratar da mesma língua…).
O
senador Cyro Miranda, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB-GO),
anunciou que a Presidente do Brasil, Dilma Roussef, está a preparar um decreto
que adia a entrada em vigor do novo acordo ortográfico (AO) naquele país para
2016. O acordo é aplicado nas escolas portuguesas desde 2011.
Fonte da assessoria do Ministério de Relações
Exteriores brasileiro avançou aos meios de comunicação locais que a pasta está
a preparar um decreto que será apresentado à presidente Dilma Rousseff e que
tem o intuito de protelar a entrada em vigor do novo AO, escreve o Jornal do
Brasil.
O acordo, assinado em 2008 por sete países da
Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), e que pretende simplificar as
regras ortográficas e aumentar o prestígio da língua no cenário internacional,
deveria ser aplicado pelo governo a partir de 1 de janeiro de 2013, ditavam as
normas estabelecidas pelos países.
O senador de Goiás, Cyro Miranda, um dos mais
acérrimos críticos do novo acordo, confirma que a presidente Dilma Rousseff tem
a intenção de emitir um decreto que adia a data.
Cyro Miranda acrescenta que o ideal seria
adiar a vigência para 2018 ou fazer um outro acordo que tenha a contribuição de
mais setores da sociedade.
“Para além do novo acordo ter sido mal feito,
os professores ficaram de fora”, disse. “Precisamos de rever tudo. Temos que
descomplicar a língua, se não vai ser só retórica... Temos que aprovar um
formato com lógica”, disse Cyro Miranda, citado pela Agência Brasil.
O senador afirma que governo brasileiro vai
sugerir aos outros países que adiem a vigência do novo AO para que todos possam
fazer uma total reformulação.
As mudanças nas regras da língua portuguesa
foram elaboradas para uniformizar a grafia dos países que utilizam o idioma e
dos oito membros da CPLP apenas Angola não aderiu ao documento.
O novo AO foi introduzido no sistema educativo
português em 2011. A 1 de janeiro de 2012, órgãos, serviços, organismos e
entidades governamentais adotaram oficialmente a nova grafia. Nuno de Noronha
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