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sábado, 17 de outubro de 2015

ÁGUA DE COLÓNIA ou ÁGUA-DE-COLÓNIA?

Embora, segundo as estatísticas oficiais, o Novo Acordo Ortográfico altere apenas 1,6% das palavras em Portugal (0,5% no Brasil), a hifenização sofreu alterações significativas, sobretudo nas locuções.
A BASE XV determina que «Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen [...].
Tudo simples? Nem por isso… Logo a seguir, pode ler-se: “salvo algumas exceções já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa).

PROBLEMA 1:
Quando se diz “como é o caso de” fica a dúvida se são apenas sete as exceções ou se há outras. Ainda não obtive resposta para esta dúvida.
PROBLEMA 2:
Enquanto a Academia Brasileira de Letras segue à risca no seu Vocabulário esta lista de exceções, o Portal da Língua Portuguesa regista as mesmas exceções, mas também admite, à revelia do AO90, como variantes essas mesmas locuções sem hífen.

CONCLUSÃO:
PORTUGAL
BRASIL
água-de-colónia e… 
                                  água de Colónia!
Apenas água-de-colônia

Nota: Com a interpretação “criativa” do ILTEC, conseguiu-se esta proeza: onde antes existia uma única grafia (pé-de-meia), há agora duas em Portugal e uma no Brasil. A justificação dada é que sendo o paradigma “água de” geralmente não hifenizado, devemos admitir “água de Colónia”. Mas não é uma exceção sempre a fuga a um paradigma? Seguindo este raciocínio, todas as exceções poderiam deixar de o ser…

Abraço.

ProfAP
Imagem encontrada AQUI.

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