É
caso para dizer que a revista VISÃO está com uma visão dupla…
Com a infeliz tragédia do avião da Germanwings,
vemos uma grande oscilação, às vezes no mesmo texto, entre as grafias co-piloto e copiloto.
Enquanto o Formulário Ortográfico de 1943 (Brasil)
não faz qualquer referência ao prefixo co-, a Base XXIX (artigo 9º) do AO45 (Portugal)
determina que há hífen em “compostos formados com o prefixo
co-, quando este tem o sentido de «a par» e o segundo elemento tem vida
autónoma: co-autor, co-dialecto, co-herdeiro, co-proprietário;”
A Base XVI do Novo Acordo Ortográfico estabelece
que nas ”formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral
com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o: coobrigação, coocupante,
coordenar, cooperação, cooperar, etc.”, havendo lugar a hífen apenas
antes de h (co-herdeiro).
CONCLUSÃO:
PORTUGAL e BRASIL
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FO de 1943/AO de 1945
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AO90
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co-piloto
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copiloto
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Nota: À revelia do que estipula o texto do AO90, a
Academia Brasileira de Letras abolir o hífen a seguir a este prefixo em todas
as situações, incluindo os casos em que o segundo elemento começa por h. Desse “desacordo”, resultam duas
grafias diferentes: co-herdeiro em Portugal e coerdeiro no Brasil. Antes da
adoção do AO, a grafia era igual nos dois países: co-herdeiro.
Abraço.
AP
Não explicou nada
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