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Um
acordo desnecessário e complicado. É assim que a professora de língua
portuguesa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pesquisadora do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Darcília
Simões, descreve o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Um
dos principais problemas criados pelo novo acordo, segundo a professora, foi a
mudança das regras de uso do hífen. Para ela, essa foi a regra, justamente na
qual 'eles complicaram tudo', já que tiraram alguns que existiam e criaram
outros que não havia.
'Hoje
em dia, ninguém mais sabe usar hífen. Do ponto de vista prático do usuário,
essa reforma foi um problema. Isso está criando um atraso de vida no ambiente
do falante comum e pior ficou para quem dá aula de língua portuguesa'.
Darcília
diz que o novo acordo teve motivações políticas e econômicas, em vez de ter
como objetivo facilitar a vida do usuário da língua. Para ele, o que houve foi
um confronto de força entre Brasil e Portugal, 'cada um dizendo eu quero que
você escreva como eu'.
'No
final das contas, fizeram os acertos para dar nisso que deu. Há também as
forças econômicas, porque você sabe que as editoras vão ganhar sempre com a
republicação das obras segundo o novo acordo', lembrou.
De
acordo com a professora, o 'pretenso' objetivo de também unificar a escrita dos
oito países tampouco foi atingido. Entre outras coisas, as palavras com letras
mudas (como 'fato' no Brasil e 'facto' em Portugal, por exemplo), segundo
Darcília, continuarão sendo escritas de forma diferente nos dois países.
Fonte: Agência
Brasil (2-09-2013)
1.
CONCORDO que o objetivo de unificar as escritas dos dois lados do Atlântico é
utópico, embora tenha sido conseguida uma aproximação.
2.
CONCORDO que há regras no Novo Acordo que são mesmo um atraso de vida!
3.
Mas NÃO CONCORDO QUE:
a)
As mudanças nas regras do hífen sejam um atraso de vida. Se alguma coisa
positiva esta reforma tem é a clarificação e a sistematização das regras do
hífen. Eram várias as situações com prefixos em que o uso ou não de hífen
dependia da opinião dos linguistas consultados. Por exemplo, ninguém sabia
dizer com segurança em que circunstâncias é que prefixos como MINI eram ou não
seguidos de hífen. Aconselho a professora Darcília a revisitar as regras do uso
do hífen no Formulário Ortográfico de 1943 (Brasil) e no Acordo Ortográfico de
1945 (Portugal). Rapidamente se dará conta das omissões (agora
resolvidas de forma satisfatória pelo AO90);
b)
"'Hoje em dia, ninguém mais sabe usar hífen". Como diz uma linguista
brasileira, o hífen sempre foi “a maldição da língua portuguesa”. No entanto,
isso advém da complexidade das regras (ou ausência delas) já em vigor antes do
AO90. Quem não sabe usar o hífen hoje é porque já não dominava o assunto antes;
c)
"pior ficou para quem dá aula de língua portuguesa'." Não é verdade! A
sistematização e maior abrangência das regras atuais facilitam o trabalho no ensino da língua. Como docente de língua portuguesa, sempre
investi em estratégias de ensino-aprendizagem da ortografia. Na minha opinião, a
hifenização ficou um pouco menos complicada. Dizer o contrário poderá ser "popular", mas não é rigoroso!
ANTÓNIO
PEREIRA
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ResponderExcluirOlá, António!
ResponderExcluirEste comentário é para o seu blogue, este sim.
Bem, quanto ao que a nossa colega brasileira disse, eu não estou de acordo com a maior parte dos aspetos, por ela referidos.
Quanto aos hífens, penso que, já antes, os nossos alunos não os aplicavam, o que, sinceramente, é bem mais fácil e menos grave, do que aplica-los, incorretamente.
Agora, temos regras, então, vamos estudá-las, ensiná-las e aplica-las.
Obrigada pelo comentário, de "um homem com alma", no "Afetos", mas também com personalidade férrea. Pois é, estamos empatados, neste aspeto, mas, por ironia do destino, ajudamos a formar cidadãos, dando-lhes conselhos, orientando-os, enfim, Educação para a Cidadania, e depois, NÓS, não praticamos nada disto. E pensamos ser civilizados! Incongruências e contradições, que, têm uma explicação, mais que óbvia.
Nós gostamos de quem nos dá "luta" e de quem aparenta ser oposto a nós.
Bonne semaine et allons-y.
Un baiser, aussi, car, aujourd' hui c´est dimanche.
À la prochainne!