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domingo, 29 de abril de 2012

Novo Acordo: Operação Miranda do Corvo


Falei-vos aqui da deslocação, em março passado, a Miranda do Corvo para uma sessão sobre o NAO. Recebi agora o link da notícia publicada sobre o assunto no sítio do agrupamento. Aqui fica a foto para mais tarde recordar. Para ver a notícia completa, clique AQUI.
Com votos de um bom domingo,
ProfAP

Desafio:
Qual o plural de azul-claro?
a) azul-claro
b) azuis-claro
c) azul-claros
d) azuis-claros

Em breve, aqui deixarei a resposta (com a regra)

sábado, 28 de abril de 2012

Em bom português: porque OU por que?

Porque ou por que?
Agradecendo a boa disposição e simpatia com que fui recebido pelos colegas "profes" na sessão sobre o Acordo em Póvoa do Lanhoso, aqui ficam as prometidas dicas para fazer face ao dilema na escolha entre porque/por que.

1. Explicação técnica:
Porque (advérbio interrogativo: “Porque tens tanta agressividade dentro de ti?”; conjunção causal “Fui-me embora porque estava cheio de fome!”).
Por que (preposição por + interrogativo ou relativo que).

2. Dicas para saber optar corretamente:

A.
Teste
Escolha acertada
Exemplos
A. Se for substituível por
por qual
OU
pelo/a(s) qual/quais
POR QUE

.Por que (= por qual) razão não me telefonaste?
.Eu conheço o motivo por que (= pelo qual) não me telefonaste!
B. Sendo substituível por porque é que
OU
pois
PORQUE
.Porque(= porque é que) não vens comigo?
.Não vens comigo porque (= pois) não te apetece.
B.
1. Tratando-se de uma pergunta (Porque estás com medo?), resposta (Estou com medo porque não sei o que vai acontecer.) ou explicação (Tenho de ir já, porque estou atrasada!), escreve-se PORQUE.
2. Na generalidade das outras situações, usa-se POR QUE.
Nota: Na norma brasileira, usa-se sempre por que nas perguntas.

Aprofunde conhecimentos em:
http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=19733
http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=25695
http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=3157
http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=193

Bom fim de semana!
ProfAP

quinta-feira, 26 de abril de 2012

História do pinto da Ferreira

Não sei as circunstâncias pormenorizadas, mas, no âmbito de uma experiência em Biologia, com uma estufa, eclodiu um ovo de galinha, dele nascendo um pinto. Tudo aconteceu em fevereiro passado.
Foto tirada nas novas instalações

Um pinto sem galinha nem lâmpada especial de aquecimento dificilmente sobrevive. Mas a D. Cristina do piso 2 assumiu, extremosa, o seu papel de mãe adotiva e levou-o para casa.
Alimentado a pipeta no início, coberto de mimo de forma contínua, o galináceo cresceu robusto, como é visível na foto.
Dados os contrangimentos associados ao crescimento do franganote num apartamento, foi-me pedido que o trouxesse para Brejos de Azeitão. E cá está desde terça-feira.
Assustado com este admirável mundo novo para os seus horizontes ainda incipientes, fugia de todos os espécimes plumosos que lhe eram apresentados. Por fim, encontrei o espaço onde a sua socialização se vai iniciar: a suite das codornizes.
Contrariamente à convicção da D. Cristina, a atitude e a envergadura remetem para a probabilidade de termos um galo em perspetiva e não uma galinha...
Seja menino ou menina, a promessa é para cumprir: fará parte da família e nunca de um arroz de cabidela!
Fiquem bem!
ProfAP
P.s.: Irei dando notícias do pinto da Ferreira (Escola Sec. de Ferreira Dias, no Cacém).

quarta-feira, 25 de abril de 2012

.Qual o plural de palavra-chave?

Sempre optei, de forma instintiva, pelo plural palavras-chave. A resposta do Ciberdúvidas, que passo a transcrever, põe em causa a opção:
"Quanto ao plural das palavras compostas por justaposição do tipo de palavra-chave, não há consenso. Costuma-se dizer que, de modo geral, ambos os elementos vão para o plural. Eu raciocino assim: cada uma das tais palavras é uma chave. E cada uma das tais chaves é uma palavra. Considerando assim, duas daquelas palavras são duas chaves, e duas daquelas chaves são duas palavras. Em conclusão: o plural de palavra-chave é palavras-chaves e não palavras-chave. Este plural parece não ter lógica."
(In http://www.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=3776).

Assunto encerrado? Nem pensar!
Lance uma pesquisa no VOP (Vocabulário Ortográfico do Português, no Portal da Língua Portuguesa, em http://www.portaldalinguaportuguesa.org) e obterá a seguinte informação:

palavra-chave - nome feminino


singular palavra-chave
plural palavras-chave / palavras-chaves

Conclusão: pode dizer palavras-chave e palavras-chaves.

Que a liberdade que hoje se comemora seja efetiva para todos.
ProfAP

Em bom português: um ou uma workshop?

Na sequência da mensagem anterior, apresentaram-me esta dúvida.
Embora tenha encontrado num  dicionário a informação de que este anglicismo permite o uso dos dois géneros, tanto o Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa como o Portal da Língua Portuguesa (para além do Dicionário Houaiss) dizem que é um nome masculino (equivalente a seminário, ateliê, oficina). Considerando as fontes fidedignas já referidas, digam/escrevam um workshop!
Bom feriado!
ProfAP

domingo, 22 de abril de 2012

Oficina de Escrita Criativa - João Tordo

Ontem, na Escola Sec. Miguel Torga, em Queluz-Monte Abraão, das 9h30 às 13h00, tive a feliz oportunidade de participar numa oficina de escrita orientada por João Tordo (filho de Fernando Tordo).
Foi uma sessão teórica-prática muito útil (para mim, sobretudo do ponto de vista pessoal, uma vez que, a breve prazo, passarei ao estatuto de ex-professor).
O workshop não é fácil de gerir, dado que se centra nas produções escritas "na hora" pelos participantes. A experiência de escritor e a excelente capacidade comunicativa do João contribuiram para que, na minha opinião, a iniciativa tenha sido muito bem sucedida.
Se lhe surgir a possibilidade de frequentar uma destas oficinas, não hesite e inscreva-se!
Um bom resto de domingo.
ProfAP

sábado, 21 de abril de 2012

Em bom português: o personagem ou a personagem?

Quando era aluno (há muitos anos...), tinha de dizer (e escrever) "a personagem" para não me ser marcado erro.
Da consulta de vários dicionários de língua portuguesa e da análise das respostas dadas pelo Ciberdúvidas sobre o assunto, conclui-se que:
a) A esmagadora maioria das cerca de 400 palavras que há na nossa língua terminadas em "agem" são do género feminino (montagem, vagem, imagem, etc.);
b) Como palavras com esta terminação que sejam exclusivamente masculinas temos apenas almargem (prado) e certos compostos como porta-bagagem;
c) Embora haja linguistas que condenem ou desaconselhem o uso de "o personagem", é mais ou menos consensual que ambas as formas são corretas: o personagem e a personagem.

Notas:
1. Encontramos, no século XIX, nos livros de Camilo Castelo Branco, "o personagem".
2. A generalidade das palavras terminadas em "agem" que são hoje do género feminino, encontramo-las no masculino nos textos medievais: "Este he o linhagem dos mui nobres e muy honrados ricos-homens" (http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/linhagem.htm)

Vosso,
ProfAP

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Sobre as críticas mais recentes ao Acordo Ortográfico

Mais uma vez, com a devida vénia, transcrevo um documento do excelente Ciberdúvidas. Faço-o porque subscrevo o conteúdo e aprecio a clareza do discurso de D'Silvas Fialho.  
Bom fim de semana para todos! De preferência, com sol na eira e chuva no nabal...
Vosso,
ProfAP

Sobre as críticas mais recentes ao Acordo Ortográfico

D´Silvas Filho**

Concordo que o Acordo Ortográfico (AO) de 1990 precisa de ser aperfeiçoado. Na adaptação ao novo AO do Prontuário da Texto em elaboração, concluí que há excesso de incoerências, decisões não suficientemente sedimentadas e, até, erros técnicos no texto.
A verdade, porém, é que o trabalho assinado em 1990 consegue, numa primeira aproximação, o objetivo fundamental pretendido de se ter uma base de partida para a elaboração dum dicionário comum para toda a lusofonia (4.4 das Notas Explicativas). Deve também não se esquecer o processo evolutivo próprio da língua. A Reforma de 1911, profundamente estudada, teve alterações anos depois; a Norma de 1945, muito bem estruturada para o português europeu, foi posteriormente alterada nalguns pormenores.
Concordo, e sempre tenho defendido, que só teremos uma língua comum quando houver um Vocabulário Comum, base para que se realize o 4.4 acima indicado (implícito, portanto, no espírito do Acordo Ortográfico de 1990). O que aconteceu foi que a redação pouco clara do 2.º do Preâmbulo do AO permitiu a interpretação de que o Vocabulário Comum nele referido se destinava exclusivamente à terminologia científica e técnica, nada impedindo, portanto, que nos termos comuns o Acordo entrasse em vigor sem tal Vocabulário exigido. Foi com este pretexto que o Brasil decidiu avançar com o novo AO depois de ter conseguido o apoio de São Tomé e de Cabo Verde. A sua enorme projeção de BRIC estava a exigir já uma língua universal. Lembremos que podia ter decidido designá-la por língua brasileira.
Eu compreendi o dilema brasileiro num simpósio sobre a língua em que estive com o Professor Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras. Pedi só que esperassem por nós, e muito grato fiquei por os brasileiros desejarem continuar a chamar portuguesa à sua língua. Depois disso, ante a nossa hesitação, o Brasil não pôde esperar mais e acabou por surpreender rapidamente com um Vocabulário monumental de 350 000 entradas para o novo AO, pondo simultaneamente em vigor o Acordo em 2009 (com uma moratória de só 2 anos...). Hoje penso que, se o não tivesse feito, talvez o AO ainda estivesse na gaveta, onde permaneceu em jazida quase 20 anos...
Desde essa altura, no clamor do nosso atraso, de que fui um dos mais inconformados, apareceram finalmente publicados também vocabulários satisfatórios em Portugal. As últimas notícias indicam-nos que o IILP pensa ter um Vocabulário Comum em 2014. Como terá muitas variantes do universo da língua, o trabalho não será fácil. Penso que o país que não colaborar nesse Vocabulário não se poderá depois queixar de ficar à margem da língua comum.
Não concordo que se diga que o novo AO ainda não está em vigor em Portugal. Está nos termos do Aviso 255/2010 de 13 de setembro publicado no Diário da República, 1.ª série de 2010-09-17, com uma moratória prevista de seis anos, nas quais as duas grafias (1945 e 1990) podem coabitar.
Ora é esta moratória que permite a liberdade cívica daqueles que escrevem ainda com a antiga ortografia. Mas essa liberdade acabará passado o prazo da moratória. E esses não tenham dúvidas: não vão conseguir travar um processo que a consciência coletiva do país sente ser necessário para a defesa planetária da língua portuguesa.
Não concordo que se considere sem valor, agora, a decisão do Governo anterior em pôr já em vigor nas escolas e na administração o novo AO. O atual Governo não decidiu o contrário, e, portanto, não é legítimo civicamente ignorar essa determinação. Com a ressalva de que enquanto não houver um Vocabulário Comum são aceitáveis sugestões para o aperfeiçoamento desse Vocabulário.
Não concordo que, sob o pretexto de discordância com algumas decisões do ILTEC, se menospreze o imenso trabalho que apresenta com seu VOP gracioso. Eu próprio tenho lamentado que o ILTEC siga a linha geral dos outros Vocabulários (e que vem do projeto recusado e 1986) de suprimir sempre os hífenes nos compostos ligados por preposição (excluindo espécies), mesmo nos casos aparentes (figurado, por exemplo). Mas afora este pormenor, devido ao qual me desliguei de consultor do projeto, devo reconhecer que o trabalho é altamente meritório, com elevado valor linguístico e respeitador da índole da língua (não posso dizer isto em todos os outros vocabulários). Sobretudo, no estudo aprofundado do novo AO, a que tenho sido obrigado para a adaptação do Prontuário da Texto, concluí que a minha referência de base é mesmo o ILTEC, em particular porque me ajuda no critério que adotei de me aproximar já da língua comum. Estou tanto à vontade para o elogiar hoje, como estive no passado para o criticar.
A profusão de variantes com a consoante etimológica, nas sequências, que o Brasil conserva e o ILTEC regista, aparentemente sem interesse para quem deseja o país subordinado ao critério rígido fonético, são para mim uma grata libertação dessa amarra à "foneticofilia". E não se trata de saudosismo ou xenofobia, mas do reconhecimento de que a etimologia tem virtudes. Por um lado, permite, na diferenciação gráfica, desfazer homofonias suscetíveis de ambiguidades (ex.: óptica/ótica, corrector/corretor, espectador/espetador, etc., etc.). Por outro, altamente significativo e que parece não ter sido devidamente ponderado no Acordo de 1990, a etimologia une os falantes na sua diferente prolação, ao passo que o critério fonético cego corre o risco de paradoxalmente os dividir ainda mais na escrita, contrariando o objetivo fundamental do novo AO. Parafraseando uma frase bíblica, a norma deve servir a língua e não a língua servir a norma.
13/04/2012

**Sobre o Autor: Consultor do Ciberdúvidas, membro do Conselho Científico da Sociedade da Língua Portuguesa e autor do Prontuário Universal, Erros Corrigidos de Português, da Texto Editora.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Acordo: a propósito do acento perdido em "para" (v. parar)

A Base IX (nos pontos 6, 7 e 8) fez desaparecer vários acentos distintivos de palavras graves. Se a extinção da maior parte desses é relativamente consensual, a eliminação do acento que usávamos em “para” (verbo parar) para evitar a confusão com a preposição “para” provoca grande “azia intelectual”, achando muitos falantes que tal alteração não tem sentido. Esta resistência deriva da pronúncia bem distinta das duas palavras (agora homógrafas).
No entanto, se recuarmos no tempo e formos ler o texto do AO45, encontramos um bom número de homógrafos heterofónicos que perderam os seus acentos distintivos.
Vejam alguns exemplos apresentados na Base 22 do texto de 1945:
acerto (nome) - acerto (v. acertar) / cerca (nome) – cerca (v. cercar) / colher (nome) - colher (v. colher) / doutores (nome) – doutores (v. doutorar) / esse (determinante ou pronome) – esse (nome da letra s) / este (determinante ou pronome) – este (ponto cardeal) / fora (advérbio, interjeição ou nome) - fora (v. ser) / fosse (v. ser) – fosse (v. fossar) / piloto (nome) – piloto (v. pilotar) / transtorno (nome) – transtorno (v. transtornar) / coro (nome) – coro (v. corar).
Vosso,
ProfAP.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Acordo: Opinião sobre um novo guia (Univ. Coimbra)

Já aqui defendi a opinião de que não vale a pena gastar dinheiro em guias, uma vez que os gratuitos disponibilizados no sítio da DGIDC têm qualidade superior à generalidade dos que estão no mercado.
O guia que adquiri recentemente (Acordo Ortográfico 2011 – O Que Mudou no Português Europeu, de Isabel Lopes e Ana Teresa Peixinho), publicado mesmo no final de 2011, vem dar-me razão. Considerando o currículo das autoras e o prestígio da instituição que o sustenta (Universidade de Coimbra), estava com expetativas elevadas. Afinal, uma deceção, pelas razões passo a expor.

1. Relativamente aos pontos cardeais, diz-se (pág. 24) que se mantém a maiúscula «quando se referem a regiões».
Observação: Ao contrário do AO45, o texto não refere regiões. Parece-me ser excessivamente simplista esta interpretação do «empregados absolutamente». Por outro lado, ela não explica que devamos escrever «Vou para o Norte» e «Vou para o norte de Portugal».
2. No uso facultativo de maiúsculas e minúsculas (pág. 25), apresenta-se o exemplo Praça da República vs. praça da república.
Observação: O NAO refere a opcionalidade na “categorização” do logradouro, pelo que a palavra República tem de manter a maiúscula, como acontece neste exemplo dado no texto do Acordo: Largo ou largo dos Leões.
3. Nas duplas grafias (pág. 28), para o português europeu é apresentada uma lista de exemplos que, segundo as autoras, são casos registados no VOP.
Observação: Tive dúvidas nalguns casos e fui ao VOP. Conclusão: cético, sectorização, vetor e sumptuoso (apresentados como situação de dupla grafia) têm uma única grafia em Portugal.
4. Em relação às situações de salvaguarda do c e p não pronunciado, diz-se (pág. 29) que «As consoantes c e p conservam-se também nos topónimos, antropónimos e nomes de empresas, sociedades, marcas ou títulos, para ressalva de direitos» e remete-se para a Base XXI do Acordo.
Observação: Este parece-me ser um lapso óbvio ou um erro grosseiro de interpretação, pois a Base XXI não inclui os topónimos.
5. Sobre o uso facultativo do acento circunflexo, apresenta-se (pág. 32) a possibilidade de usar fôrma e forma.
Observação: Tratando-se de um guia para o português europeu, é estranha esta “involução”, uma vez que na norma luso-africana este acento já não existia. Parece-me que esta facultatividade tem a ver com a norma brasileira.
6. Sobre o hífen (pág. 34), dá-se como exemplo de alteração sub-aquático (antes do AO) para subaquático (depois do AO).
Observação: Já escrevíamos subaquático, de acordo com o art. 7.º da Base 27 da Convenção de 45 que determinava o uso de hífen com o prefixo sub apenas «quando o segundo elemento começa por b, por h (…) ou por um r».
7. Também sobre o hífen (pág. 35) são dados como exemplos de alterações, entre outros, mini-saia vs. minissaia e bio-ritmo vs. biorrritmo.
Observação: Se por um lado minissaia já era admitido, biorritmo não era hifenizado.

Antes de publicar esta mensagem, enviei a apreciação ao Ciberdúvidas para saber a opinião de um dos seus especialistas. Pode ver a resposta AQUI.

A resposta dada pelo Ciberdúvidas evidencia o nó górdio em que, em certos casos, as duplas grafias se transformaram. Pretendendo o Acordo simplicar e uniformizar, não se compreende esta dança assíncrona entre a Porto Editora e a Priberam e o Portal da Língua Portuguesa e, dentro deste, entre o VOP e o Lince!

Abraço a todos!
ProfAP
.

sábado, 14 de abril de 2012

Receita nº 12: Marmelada de laranja

 Foto tirada cá em casa (sob o olhar guloso dos brincos-de-princesa!)

Depois de várias tentativas, partilho uma receita original e divinal para quem, como eu, aprecia citrinos. Dá trabalho, rende pouco, mas a textura e o sabor compensam.
Marmelada de laranja
A. Ingredientes (para dois frascos pequenos)
.4 laranjas
.1 limão
.açúcar amarelo e água
 B. Preparação
1. Esprema o limão e guarde o sumo no frigorífico num recipiente fechado.
2. Corte as laranjas em rodelas finas para dentro de uma vasilha, não desperdiçando nada do sumo que for escorrendo.
3. Junto às laranjas (com os caroços) as metades do limão espremido (cortadas em pedaços pequenos) e os caroços do limão.
4. Junte água até cobrir as laranjas e a casca do limão e deixe a vasilha no frio de um dia para o outro.
5. No dia seguinte, junte o sumo do limão ao preparado e leve ao lume num tacho.
6. Quando levantar fervura, deixe cozer, mexendo de vez em quando.
7. Depois de ferver 1 hora, escorra a polpa num passador, espremendo-a bem.
8. Meça o líquido obtido (já sem a polpa) e junte o peso de açúcar equivalente ao líquido (500 gramas para 5 dl, 400 gramas para 4 dl e assim sucessivamente, podendo "roubar" 10% no açúcar).
9. Leve de novo ao lume. Quando levantar fervura, reduza a chama para o mínimo e vá mexendo sempre para não agarrar durante 30 a 45 minutos em função da consistência que deseja para a sua marmelada. Na imagem acima reproduzida, a marmelada que está no frasco ferveu 35 minutos, enquanto que a que está papel vegetal esteve ao lume mais 10 minutos, tendo ficado mais rija.
C. Como consumir esta pequena maravilha
Numa torrada com chá, numa miniatura de bolacha de água e sal a acompanhar o café ou... às tiras, cubos, etc., como se consome uma amêndoa ou um bombom.
Resta-me desejar a todos um bom fim de semana cheio de tranquilidade e doçuras que alimentem o corpo e a alma!
Vosso,
ProfAPP.s.: Já repararam que no texto da receita não há uma única palavra alterada pelo Acordo?

Mensagem para Faro!

Olá, colegas da Escola Secundária Pinheiro e Rosa, em Faro.
Começando por agradecer a forma simpática como me receberam e a generosidade na apreciação do meu trabalho, aqui transcrevo, como prometido, algumas informações do powerpoint que usei na sessão.
Na expetativa de um reencontro, fico ao vosso dispor.
ProfAP
1. Nota aposta ao slide nº 1 sobre a reintrodução das letras k, w e y no alfabeto:
o K é sempre consoante;
o Y é sempre vogal (não entrando na distinção entre vogais e semivogais);
o W é  consoante quando pronunciado v (Volkswagen) e vogal quando pronunciado u (windsurf, williams, windows).
2. Nota aposta ao slide nº 9 sobre a hifenização dos advérbios bem e mal:
Cuidado com o mal!
u    bem-humorado vs mal-humorado
u    bem-educado vs mal-educado
                                                                   MAS…
u    bem-vindo vs malvindo
u    bem-criado vs malcriado
u    bem-posto vs malposto
u    bem-comportado vs malcomportado
3. Nota aposta ao slide nº 13 sobre a regra que determina que quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, retira-se o hífen e duplica-se o r/s:
Já escrevíamos: biorritmo, multirrisco, macrorrizo, radiorrastreio, microrregião, biossíntese, biossatélite, nanossomia, megassonda, fotossíntese e morfossintático.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

30 000 visitas!

Entre ontem e hoje, o contador de visitas registou o número 30000! O maior fluxo provém de Portugal, mas tem havido, nos últimos meses, um acréscimo significativo de visitantes do Brasil e sobretudo dos Estados Unidos. Serão provavelmente compatriotas emigrados.Thank you! Agradeço a confiança e terei todo o prazer em continuar a receber-vos com regras, ideias, comentários, sugestões e receitas deliciosas! Para todos, aquele abraço! ;) profAP

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Acordo: esclarecimento de dúvidas

Antes de mais, um agradecimento aos colegas “profes” do EBI do Carregado pela simpatia na receção. Os “cookies” de chocolate e o moscatel de produção particular estavam excelentes!
Relativamente a uma questão que me foi colocada na sessão em relação a duplas grafias na palavra "inseto" e respetivos derivados, confirmo e alargo a informação que dei.
1. “Inseto” tem uma única grafia, não estando validada a pronúncia “insecto”. Confirmei em dicionários de referência que o “c” não aparece como pronunciado na transcrição fonética. Também “inseticida” tem uma única grafia. Para ambos os casos, há uma dupla grafia, mas apenas para a norma do Brasil.
2. Como podemos ver no anexo do “Guia Expresso para a Mudança” (disponível na banda lateral direita do blogue na secção “OS GUIAS CÁ DA CASA!”), há duplas grafias nas seguintes palavras da família de “inseto”: insectífero/insetífero; insectiforme/insetiforme; insectívoro/insetívoro; insectófilo/insetófilo; insectologia/insetologia; insectológico/insetológico; insectologista/insetologista.
3. Nas duplas grafias, dado o seu elevado número e os casos em que a lógica “é uma batata”, não devemos improvisar. Em cada de dúvida, há que confirmar sempre no sítio recomendado: Portal da Língua Portuguesa (no “Vocabulário da Mudança”). No final do Guia Expresso referido no ponto 2. desta mensagem,  também tem acesso à lista completa das 233 duplas grafias que o Portal apresenta para a norma luso-africana.
Abraço a todos.
ProfAP

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Plantas/animais cá da casa: 1. ginjeira.

 Ginjeira em flor! Foto tirada hoje, ao fim da tarde.

Para além da Língua Portuguesa em geral e do Novo Acordo em particular, um dos meus hobbies é a agricultura biológica em pequena escala, a criação de aves (galinhas, patos e pombos) para consumo próprio à moda antiga (com trigo, milho, couves e restos de comida) e a produção artesanal de licores e compotas com os frutos produzidos.
Amigos e conhecidos costumam falar-me da minha quinta em Azeitão. Dois esclarecimentos:
1º Não é uma quinta, pois tem apenas 1000 metros. É mais um quintalão.
2º Não é bem em Azeitão. Ou melhor, é em Azeitão, mas não naquele que corresponde ao estereótipo que se generalizou. Esse denomina-se Vila Nogueira de Azeitão. Ainda fino (mas não tão fino), temos, logo a seguir, na direção Setúbal, Vila Fresca de Azeitão. Há ainda, de cariz mais popular, mais dois topónimos terminados em Azeitão. Vendas de Azeitão e o meu Azeitão: Brejos de Azeitão, onde há poços e se criam galinhas…
Para partilhar convosco o meu pequeno mundo vegetal e animal, inicio hoje uma nova rubrica: plantas/animais cá da casa.
Iniciamos esta visita guiada com as ginjeiras. Tenho três (duas compradas há um ano e uma terceira aquirida recentemente). O objetivo é a produção de compota de ginja biológica (uma verdadeira delícia!) e o conhecido licor de ginja. Neste momento, as árvores em flor deixam promessas dos primeiros frutos (cf. foto). Veremos, até ao verão, os resultados.
Informação complementar:
"Ginja ou cereja ácida (Prunus cerasus), também conhecida como amarena, é uma espécie do género Prunus, pertencendo ao subgénero Cerasus (cereja), nativo de grande parte da Europa e do sudoeste asiático. É um parente próximo da cereja Prunus avium, também conhecida como cereja-doce, mas o seu fruto é mais ácido, sendo útil principalmente para fins culinários.
A árvore é menor que a da cereja-doce, alcançando entre 4 a 10 metros de altura. A cor do fruto varia entre o vermelho e o preto, desenvolvendo-se em ramos mais curtos.
As ginjas cultivadas foram seleccionadas a partir de espécimes selvagens de Prunus cerasus (…), sendo já conhecidas pelos gregos no ano 300 AC. Eram muito populares entre os romanos, que as espalharam por diversos pontos do seu império, entre os quais a Grã-Bretanha, no século I.
No século XV, a ginja era já um fruto comum em Portugal, sendo usada para diversos fins medicinais. Por altura de 1755, existiam em Lisboa estabelecimentos que vendiam ginjas mergulhadas em aguardente, bebida que mais tarde viria a ficar conhecida como ginjinha.
Na Grã-Bretanha, o seu cultivo tornou-se popular no século XVI devido a Henrique VIII. Existem registos de mais de duas dúzias de cultivares deste tipo de cereja em 1640, na região de Kent. Nas Américas, os primeiros colonos de Massachusetts plantaram a primeira ginja quando chegaram.
Em meados do século XIX, eram cultivadas ginjas no Brasil, na região de São Paulo.
(…) A variedade Morello resiste bem à congelação, mantendo o seu sabor intacto.
Ao contrário da maior parte das variedades de cerejas doces, as ginjas produzem pólen para si mesmas, o que significa serem necessárias populações de polinizadores bastante mais pequenas, dado que o pólen só necessita ser transportado dentro de uma dada flor.
(…) Algumas variedades são utilizadas na produção de Kriek, um tipo de cerveja oriundo da Bélgica. A Schaarbeekse krieken é uma dessas variedades, podendo ser encontrada na região de Bruxelas. "Kriek" significa precisamente "ginja", no neerlandês flamengo falado na Bélgica (nos Países Baixos, a ginja é conhecida por zure kers ou morel)."

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Receita 11: Morcela grelhada com grelos e arroz de rúcula

Foto tirada cá em casa com a morcela referida na receita!
Como prometido na mensagem anterior, aqui vos deixo uma sugestão com a receita com que decidi honrar uma das morcelas caseiras adquiridas em Folgosinho (Gouveia).
Morcela grelhada com grelos cozidos e arroz de rúcula
Ingredientes (três pessoas)
.1 morcela grande (não é a de arroz)
.1 molho de grelhos (couve, nabo ou couve-nabo)
.1 copo de arroz carolino
.rúcula (cerca de 100 gramas)
.3 dentes de alho, azeite (3 colheres de sopa) e coentros
.água, sal e pimenta
 A. A morcela
1. Pré-aqueça o forno elétrico durante cinco minutos a 180 graus.
2. Ponha a morcela dentro de um tabuleiro (sem qualquer líquido ou gordura).
3. Depois de 10 minutos, vire-a e deixe ficar mais 10 minutos.
B. O arroz
1. Num tacho, leve ao lume, durante 1 minuto, os alhos (passados pelo esmagador de alhos), o azeite e uma pitada de pimenta preta. Vá mexendo para não agarrar.
2. Com o copo com que mediu o arroz, ponha três copos de água no tacho e deixe levantar fervura.
3. Junte a rúcula cortada (um dedo de largura) e uma pitada de sal.
4. Depois de recomeçar a ferver, conte 10 minutos.
5. Junte os coentros picados, mexa e deixe ficar mais 3 minutos. Sendo necessário, junte um pouco mais de água (quente) para o arroz ficar malandrinho.
6. Desligue o lume, tape o tacho e deixe repousar mais 5 minutos.
C. Prà mesa!
1. Coloque no fundo de cada prato um manto de grelos (cozidos em água e sal) e tempere-os com azeite e um borrifo de vinagre balsâmico.
2. Junte, ainda quente, um terço da morcela, uma rodela de laranja e o arroz de rúcula.
Resta-me desejar bom apetite e uma doce Páscoa (como festividade que é, mantém a sua maiúscula) para todos!
ProfAP

Nota: A opção por este arroz tem a ver com o aproveitamento da produção bem sucedida da minha rúcula biológica. Tendo em conta o seu sabor intenso, pareceu-me que poderia dar um arroz apetitosamente personalizado. E deu! Há também um excelente arroz de feijão-verde (o Acordo trouxe-nos este hifenezito...) de que vos falarei numa outra receita.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

No restaurante "O Albertino", em Folgosinho...

Vista parcial da vila a partir do castelo

“Começou por ser uma tasca/ mercearia. Hoje é paragem obrigatória para quem estiver de visita à Serra da Estrela. Pelo menos para mim tornou-se…no dia a seguir logo se faz dieta porque em dia de ir ao Albertino, o melhor é jejuar antes para ter tanta barriga como olhos.
Fazer reserva é prudente (Tel.: 238 745 266 ou 238 745 104) e, Domingo ao jantar e 2ª feira são os dias de “descanso do pessoal”. Que bem merece! Nas primeiras 3 semanas de Setembro também estão fechados para férias (consta…mas não custa confirmar).”
 Foi esta apresentação prometedora que encontrei na net. Como ia passar três noites na região (aproveitando promoções interessantes da Lifecooler), com a minha mulher, fui experimentar este “atentado à contenção alimentar”.
1. A Viagem para Folgosinho (foral no ano de 1187 por D. Sancho I).
Estalando instalados no Grande Hotel das Caldas da Felgueira (Canas de Senhorim), saimos em direção a Seia, onde fomos tomar um café e comprar queijo de ovelha e mel de rosmaninho. Continuámos viagem (direção Celorico da Beira), dando um saltinho a Passos da Serra para recolher um saco de feijocas para semear que me ofereceram. A localidade e o caminho para lá chegar são belíssimos!
Depois de prosseguirmos em direção a Celorico, encontrámos o caminho para Folgosinho. Sempre a subir a estrada, qual serpente bonacheirona a abraçar a serra, bordada, à esquerda e à direita, por arbustos a ostentar, orgulhosos, as suas flores brancas.
Vigiados pelo castelo empoleirado nas rochas mais altas (de quartzo branco rosado), chegámos ao centro da vila, a 933 metros de altitude.
2. Quase no restaurante…
Mesmo antes de ir conhecer o nosso novo palco gastronómico, fomos comprar mel de um produtor local e duas morcelas anunciadas como “caseiras” (a pensar numa receita que em breve aqui partilharei).
O leitão...
3. O Albertino… Finalmente!
A. Preço por pessoa: 15€, independentemente do que seja consumido.
B. Entradas: pão (pareceu-me ser de centeio), morcela e linguiça (fritos) e queijos (de ovelha amanteigado e de cabra).
Tudo muito bom, sendo os enchidos ligeiramente picantes.
C. Pratos principais:
1. Arroz de cabidela de coelho.
Apetitoso! O vinagre no ponto, respeitando a delicadeza da carne.
2. Leitão assado no forno.
Muito bom! Acabinho de sair do forno e servido com laranja e batata assada (cf. imagem). O típico tempero de pimenta estava na medida certa.
3. Cabrito assado no forno.
Carne muito tenra e dourada por uma assadura no tempo correto. Único senão: faltava-lhe tempero. Uma pena…
4. Vitela estufada com cogumelos. Acompanhamento: arroz de cenoura.
Carne saborosa, mas um pouco rija…
5. Feijoada de javali.
Por favor, uma salva de palmas! Di-vi-nal! Carne saborosa e macia, feijão cozido no ponto.
D. Várias bebidas à escolha.
Optei pelo jarro de tinto da casa e gostei.
E. Sobremesas: leite creme, arroz doce e requeijão com doce de abóbora.
Tudo muito bom!
F. Também estão incluídos no preço o café e um digestivo. Pode escolher entre licores, aguardente e jeropiga.
Optámos pela jeropiga. Uma boa escolha!

Sugestões:
1. Prove pouco de cada prato, transformando a refeição numa degustação. Pode fazer como nós, pedindo para lhe reduzirem as quantidades.
2. Também prescindir de alguns pratos: o cabrito e a vitela, por exemplo. Mas não deixe de provar o leitão e o javali!
3. Para saber mais sobre esta vila magnífica, clique AQUI e AQUI.

Bom apetite! ;)
ProfAP

terça-feira, 3 de abril de 2012

Mudanças no AO? Parece que não...

Ministros da Educação da CPLP manifestaram empenho no Acordo Ortográfico
(30.03.2012 - Lusa)

Os ministros da Educação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) manifestaram nesta sexta-feira em Luanda o seu empenho em adoptar o Acordo Ortográfico (AO) como ferramenta de promoção e defesa da língua portuguesa.
O compromisso consta da Declaração Final aprovada no final da VII Reunião de Ministros da Educação da CPLP, que hoje se realizou em Luanda.
No final dos trabalhos, o ministro Nuno Crato, que representou Portugal no encontro, destacou o facto de os oito Estados membros terem declarado “o empenho em levar para a frente o processo do acordo ortográfico”.
“Há uma declaração assinada por todos. Agora, cada país tem o seu calendário, cada país tem as suas dificuldades. Falou-se bastante do vocabulário ortográfico comum, dos vocabulários nacionais que estão a ser construídos”, acrescentou.
Segundo Nuno Crato, neste momento não se está a trabalhar na revisão do AO, “está-se a falar é dos calendários diferentes que os países têm para adopção do AO”.
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi aprovado em 1990 e entrou em vigor no início de 2009 no Brasil e em 13 de Maio de 2009 em Portugal.
Em ambos os países foi estabelecido um período de transição em que tanto as normas anteriormente em vigor como as introduzidas por esta nova reforma são válidas: esse período é de três anos no Brasil e de seis anos em Portugal.
À excepção de Angola e de Moçambique, todos os restantes países da CPLP já ratificaram todos os documentos conducentes à aplicação desta reforma.
As reticências de Angola foram explicadas no final dos trabalhos pelo ministro da Educação deste país aos jornalistas.
“Angola, pelos estudos que realizou, verificou que haveria dificuldades de implementação do AO, por várias razões ligadas a aspectos técnicos. Nesta reunião, esses aspectos foram apreciados e há consenso para se terem em conta essas insuficiências”, sublinhou Pinda Simão.
“Não pomos em causa o AO. Queremos reforçar e consolidar o AO”, acentuou.
Nesse sentido, e segundo a Declaração Final aprovada na reunião, foi recomendado ao Secretariado Executivo da CPLP a constituição de um grupo técnico, que integrará académicos que vão fazer estudos adicionais e identificar, de acordo com o governante angolano, “os obstáculos que podem dificultar a aplicação do AO”.
Outras questões abordadas nesta reunião da CPLP foi a intensificação da cooperação escolas dos países da CPLP.
Nuno Crato destacou a reafirmação deste conceito como um “projecto educativo” constituir “uma oportunidade para escolas diferentes cooperarem em diferentes projectos, sejam científicos, culturais ou literários”.
Finalmente, os ministros da CPLP decidiram formalizar o apoio às Olimpíadas de Matemática da Lusofonia, cuja próxima edição se realiza no verão, em Salvador da Bahia, Brasil. 
Fonte: http://www.publico.pt/Cultura/ministros-da-educacao-da-cplp-manifestaram-empenho-no-acordo-ortografico-1540139